Contexto Familiar, Educação Física Escolar e Inclusão: Trabalhando a Síndrome de Down
Por Alice dos Anjos Gonçalves Albuquerque (Autor), João Alberto Ribeiro Cavalcante Júnior (Autor), Felipe Nogueira Catunda (Autor), Bérgson Nogueira de Oliveira (Autor), Braulio Nogueira de Oliveira (Autor).
Resumo
O presente trabalho teve como objetivo analisar de que modo a área da Educação Física Escolar está promovendo a inclusão de crianças e adolescentes com síndrome de Down (SD), bem como o contexto familiar em um caso específico. Assim, fez-se necessário ponderar a micropolítica do processo de inclusão no contexto das Políticas Públicas de Educação em uma escola do município de Fortaleza/CE, procurando perceber que ali é um espaço intercessor, indicador e interventor de uma relação instituinte. A abordagem da pesquisa foi qualitativa, do tipo estudo de caso, utilizando-se da técnica da história de vida. Os resultados sugerem a família como o cerne do cuidado, balizado pela afetividade; não houve rejeições ao saber que a criança teria SD, além disso, utiliza-se a religiosidade como algo motivacional para a continuidade do cuidado. No entanto, o cuidado é centralizado apenas na figura materna, o que contribui para uma sobrecarga maior de responsabilidades e que afeta a saúde, uma vez que, em detrimento do cuidado, a mesma se afasta das atividades de lazer e remunerativas, além de contribuir nas atividades domésticas. A Educação Inclusiva e a Educação Física escolar se apresentam como forma de inclusão, quando há relatos de afetividades entre a criança e os demais colegas; além disso, a criança aponta a Educação Física como uma disciplina que mais o atrai. Desse modo, embora ainda necessite de avanços, consideramos a Educação Inclusiva como fundamental no cuidado da criança com SD, pois busca maneiras de se adequar às diferenças e respeitá-las.