Resumo

O presente trabalho teve como objetivo analisar de que modo a área da Educação Física Escolar está promovendo a inclusão de crianças e adolescentes com síndrome de Down (SD), bem como o contexto familiar em um caso específico. Assim, fez-se necessário ponderar a micropolítica do processo de inclusão no contexto das Políticas Públicas de Educação em uma escola do município de Fortaleza/CE, procurando perceber que ali é um espaço intercessor, indicador e interventor de uma relação instituinte. A abordagem da pesquisa foi qualitativa, do tipo estudo de caso, utilizando-se da técnica da história de vida. Os resultados sugerem a família como o cerne do cuidado, balizado pela afetividade; não houve rejeições ao saber que a criança teria SD, além disso, utiliza-se a religiosidade como algo motivacional para a continuidade do cuidado. No entanto, o cuidado é centralizado apenas na figura materna, o que contribui para uma sobrecarga maior de responsabilidades e que afeta a saúde, uma vez que, em detrimento do cuidado, a mesma se afasta das atividades de lazer e remunerativas, além de contribuir nas atividades domésticas. A Educação Inclusiva e a Educação Física escolar se apresentam como forma de inclusão, quando há relatos de afetividades entre a criança e os demais colegas; além disso, a criança aponta a Educação Física como uma disciplina que mais o atrai. Desse modo, embora ainda necessite de avanços, consideramos a Educação Inclusiva como fundamental no cuidado da criança com SD, pois busca maneiras de se adequar às diferenças e respeitá-las.

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