Contribuição da ginástica artistica para o desenvolvimento motor de crianças na educação infantil
Por Samanta Garcia de Souza (Autor), Lídia Acyole de Souza Oliveira (Autor), Brenno Henrique de Moraes (Autor).
Em VI Congresso Brasileiro de Metabolismo, Nutrição e Exercício - CONBRAMENE
Resumo
As experiências e vivências na infância são importantes para o desenvolvimento dos indivíduos nos mais diversos aspectos (motor, cognitivo e social). A Ginástica é uma prática que contribui para um desenvolvimento amplo através de oportunidades de movimento, através da manipulação, ou não, dos aparelhos com diferentes formas. OBJETIVO: Analisar a contribuição de ginástica para o desenvolvimento motor de crianças na Educação infantil. METODOS: Estudo de coorte com crianças atendidas em um Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) por um projeto de Extensão da Universidade Estadual de Goiás – Eseffego em Goiânia, que proporciona aulas de Ginástica para os alunos. Para comparar os dados encontrados, avaliou-se também o DM de crianças de mesma faixa etária em outro CMEI, na mesma região, que não são atendidos no programa. Para avaliação das habilidades motoras, utilizou-se a Escala de Desenvolvimento Motor– EDM (2002), que possibilita a definição do Quociente Motor (QMG) e Idade Motora (IMG). As aulas de Ginástica eram elaboradas com base nos movimentos característicos das modalidades gímnicas, e ocorreram no primeiro semestre de 2015, e a avaliação do DM foi realizada no segundo. Os dados foram tabulados e analisados com auxílio do programa Excel e do pacote estatístico SPSS versão 22.0. A comparação entre as médias realizadas pelo teste t para amostras independentes foi utilizando considerando p < 0,05. RESULTADOS: O estudo contou com a colaboração de 107 crianças com idade entre 4 e 5 anos, nas quais 82 compõe o grupo cujo CMEI disponibiliza as intervenções de ginástica (grupo experimental) e 25 são do grupo que não tiveram as intervenções (grupo controle). Em relação a IMG, o grupo experimental apresentou uma média de idade de 67,93 ± 13,67 meses enquanto o grupo controle apresentou 59,19 ± 10,03 meses, com diferença significativa (p = 0,001). O mesmo ocorreu no QMG, no qual no grupo experimental foi encontrado um valor de 120,7 ± 13,3 meses contra 98,42 ± 14,4 do grupo controle, com diferença significativa (p = 0,001). Quando analisada a habilidade motoras, apenas na Motricidade Global foi identificada diferença a favor do grupo controle (GE: 64,80 ± 18,47 vs GC: 75,11 ± 14,73 – p = 0,05), e nas demais a diferença não foi significativa. Ambos os grupos apresentaram prevalência de lateralidade cruzada (31,7%) e indefinida (17,7%) preocupantes. CONCLUSÃO: A prática da ginástica demonstrou contribuir de forma positiva para melhoria da idade motora geral e quociente motor de alunos na educação infantil, entretanto, não interferiu no desenvolvimento da lateralidade.