Contribuição do exercício físico no controle de asma e composição corporal de crianças e adolescentes.
Por Eduarda Valim Pereira (Autor), Pedro Pereira (Autor), Adriane Brogni Uggioni (Autor), Debora Carla Chong E Silva (Autor), Joni Marcio De Farias (Autor), Alissa Melo Tolfo (Autor).
Em 47º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
A asma é uma doença crônica caracterizada pela inflamação das vias aéreas e pela obstrução do fluxo expiratório com alto índice acometimento em crianças e adolescentes em todo o mundo. Compreender o impacto da doença sobre a qualidade de vida e na prática de exercícios físicos tem sido o desafio de pesquisadores, devido às limitações na realização dos estudos a partir das limitações cardiopulmonares. O objetivo da pesquisa é avaliar a contribuição de diferentes tipos de movimento corporal na composição corporal e controle de asma de crianças e adolescentes com diagnóstico da doença. Métodos: Este trabalho é parte de um estudo maior, com modelo quase-experimental. Aqui apresentamos o perfil de crianças e adolescentes com diagnóstico de asma, com idade entre 6 e 18 anos, de ambos os sexos, em tratamento no município de Criciúma/SC. Os participantes foram divididos aleatoriamente em três modalidades diferentes: G1 (natação), G2 (resistido), G3 (esportes). Foram avaliados sobre parâmetros socioeconômicos, controle de asma (Asthma Control Test), composição corporal (bioimpedância tetra polar). Análise estatística foi realizada pelo pacote estatístico SPSS 22,0, com nível de significância de p<0,05 para o teste ANOVA one way. Resultados: Foram avaliadas 26 crianças, 15 do sexo feminino e 11 do sexo masculino, média de idade de (10,3 anos). Os resultados demonstram diferença significativa (p<0,03) no peso corporal dos ingressantes entre os grupos G1, G2 e G3, descritas respectivamente, as variáveis peso (57,32+13,9 / 46,45+18,0 / 26,81+7,2), na estatura o nível de significância foi (p<0,00) (161,0+6,4 / 146,2+10,3 / 126,2+10,0). Sobre a composição corporal também houve diferença entre os grupos (p<0,03) sendo (41,4+8,9 / 29,4+12,4 / 20,9+4,9), e (p<0,09) para o IMC (21,8+3,7 / 46,4+18,0 / 26,8+7,2). Os dados da doença quando avaliado o estado atual houve diferença significativa (P<0,09) do G3 (14,3+5,7) quando comparado aos grupos G1 (19,2+3,2) e G2 (18,9+4,5), demonstrando que ao longo do crescimento ocorre uma melhora dos sintomas da asma. Conclusão: Considerando os resultados apresentados conclui-se que os participantes têm asma classificada como leve a moderada, há necessidade do cuidado na prescrição dos exercícios físicos respeitando as características de cada grupo em especial ao grupo G3, mas todos os grupos apresentam condições favoráveis para participação do grupo de estudos.