Resumo

Este ensaio busca contribuir para o processo de ensino e aprendizagem da leitura. Objetiva-se aqui discutir concepções de leitura recorrentes na literatura acadêmica e evidenciar a concepção dialógica da leitura, relacionando-a com a Teoria da Aprendizagem Dialógica, que é uma forma de conceber a aprendizagem e as interações nela envolvidas, enfatizando o papel do diálogo nos processos de ensino e aprendizagem voltados à transformação da realidade. Tal teoria suscitou práticas bem sucedidas em diferentes contextos (Atuações Educativas de Êxito), sendo a Tertúlia Dialógica uma prática de leitura coletiva com potencial de unir diferentes concepções de leitura a partir da concepção da leitura dialógica (encontro entre pessoas para compartilhar reflexões, destaques e comentários acerca de uma obra).

REFERÊNCIAS

AUBERT, A.; FLECHA, A.; GARCIA, C.; FLECHA, R.; RACIONERO, S. Aprendizagem dialógica na sociedade da informação. São Carlos: EdUFSCar, 2016.

BAKHTIN, M. Estética da comunicação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2011.

BRASIL. Ministério da Educação. Guia de tecnologias educacionais da educação integral e integrada e da articulação da escola com seu território 2013. Brasília: MEC/SEB, 2013. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=14545-guia-tecnologias-20130923-pdf&category_slug=novembro-2013-pdf&Itemid=30192. Acesso em: 28 nov. 2022.

BRASIL. Lei n.º 13.005, de 25 de junho de 2014: prova o Plano Nacional de Educação - PNE e dá outras providências. Brasília: Casa Civil, 2014. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13005.htm. Acesso em: 28 nov. 2022.

CALVINO, I. Por que ler os clássicos. 2. ed. 4. reimp. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

CASTELLS, M. The rise of the network society. 2. ed. Chichester: Wiley-Blackwell, 2010.

CREA. Centro de Investigação em Teorias e Práticas Superadoras de Desigualdades. Relatório INCLUD-ED final: estratégias para a inclusão e coesão social na Europa a partir da educação. Universidade de Barcelona, 2012.

FLECHA, R. Compartiendo palabras: el aprendizaje de las personas adultas a través del diálogo. Barcelona: Paidós, 1997.

FLECHA, R. Successful educational action for inclusion and social cohesion in Europe. London: Springer, 2015.

FLECHA, R.; GÓMEZ, J.; PUIGVERT, L. Teoría sociológica contemporánea. Madrid: Espasa Libros, 2001.

FLECHA, R; MELLO, R.R. A transformação da gestão e da aprendizagem com base em evidências. Revista Pátio, v. 21, p. 14 - 17, maio-jun. 2017.

FREIRE, P. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 51. ed. São Paulo: Cortez, 2011.

FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2021. (Edição especial centenário capa dura).

FREIRE, P. À sombra desta mangueira. 15. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2022.

FREIRE, P; MACEDO, D. Alfabetização: leitura do mundo, leitura da palavra. 11. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2022.

FUZA, A. F. O conceito de leitura da Prova Brasil. 2010. 116 f. Dissertação (Mestrado em Letras) – Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Estadual de Maringá, Maringá, 2010.

GIDDENS, A. A Constituição da sociedade. São Paulo: Martins Fontes, 2009.

HABERMAS, J. Teoría de la acción comunicativa I: racionalidad de la acción y racionalización social. Madrid: Taurus, 1999.

IBGE. PNAD Educação 2019: mais da metade das pessoas de 25 anos ou mais não completaram o ensino médio. Agência IBGE Notícias, 15 jul. 2020. Disponível em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/28285-pnad-educacao-2019-mais-da-metade-das-pessoas-de-25-anos-ou- mais-nao-completaram-o-ensino-medio. Acesso em: 28 nov. 2022.

INAF. Indicador de Alfabetismo Funcional. INAF Brasil 2018: resultados preliminares. Instituto Paulo Montenegro; Ação Educativa, 2018. Disponível em: https://alfabetismofuncional.org.br/alfabetismo-no-brasil/. Acesso em: 28 nov. 2022.

KOCH, I. V.; ELIAS, V. M. Ler e compreender: os sentidos do texto. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2008.

MEAD, G. H. Espíritu, persona y sociedad. Buenos Aires: Paidós, 1990.

MELLO, R. R.; BRAGA, F. M. School as learning communities: an effective alternative for adult education and literacy in Brazil. Frontiers in Education, v. 3, p. 1-17, dec. 2018. Disponível em: https://doi.org/10.3389/feduc.2018.00114. Acesso em: 28 nov. 2022.

MELLO, R. R.; BRAGA, F. M.; GABASSA, V. Comunidades de aprendizagem: outra escola é possível. São Carlos: EdUFSCar, 2012.

MENEGASSI, R. J. P. Avaliação de leitura: construção e ordenação de perguntas. In: CONGRESSO DE LEITURA E ESCRITA, 17., 2011, Campinas. Anais [...]. Campinas: Unicamp, 2011. p. 1-11.

MENEGASSI, R. J. P.; ANGELO, C. M. P. Conceitos de leitura. In: MENEGASSI, R. J. (org.). Leitura e ensino. Maringá: Eduem, 2005. p. 15-40.

MILLEDGE, S.; BLYTHE, H. The changing role of phonology in reading development. Vision, v. 3, n. 2, p. 1-13, 2019. Disponível em: https://www.mdpi.com/2411-5150/3/2/23. Acesso em: 28 nov. 2022.

NATIONAL READING PANEL. Teaching children to read: an evidence-based assessment of the scientific research literature on reading and its implications for reading instruction. Washington, DC: US Government Printing Office, 2000. (NIH Publication n. 00-4769).

SOARES, M. Alfaletrar: toda criança pode aprender a ler e a escrever. São Paulo: Contexto, 2020.

VALLS, R.; SOLER, M.; FLECHA, R. Lectura dialógica: interacciones que mejoran y aceleran la lectura. Revista Iberoamericana de Educación, v. 46, p. 71-87, 2008.

VIEIRA, L. F.; MELLO, R. R. Leitura dialógica na educação de jovens e adultos: atuações educativas de êxito em uma comunidade de aprendizagem. Cadernos de Pesquisa em Educação, v. 20, n. 48, p. 69-90, 2018.

VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. Lisboa: Relógio D’Água, 2007.

Acessar