Resumo

Os objetivos deste estudo foram caracterizar a distribuição das métricas de carga externa de treinamento na ginástica artística feminina; e verificar se há correlação entre as métricas e os resultados competitivos. Participaram do estudo sete ginastas, com 11,3±0,4 anos de idade. Foram monitorados três microciclos anteriores ao Campeonato Brasileiro da categoria infantil e dois microciclos após o campeonato. A carga externa de treinamento foi acessada diariamente e representada pelo quantitativo de elementos executados nas sessões de treino em cinco dimensões (quatro aparelhos e total). Foram efetuados o teste de Friedman entre as métricas de carga externa de treinamento e os microciclos, e regressões lineares entre as métricas de carga externa de treinamento e a classificação na competição. O quantitativo semanal de elementos variou conforme o aparelho, com reduções significativas da equipe da fase pré para a fase pós-campeonato (p=0,04). As regressões apontaram trivial a moderada correlação (R2=0,01 a R2=0,43) entre o quantitativo de elementos e os resultados competitivos. Nesse sentido, os treinadores devem: estar atentos ao controle contínuo das cargas de treino; refletir sobre a individualização das cargas externas de treinamento; e balancear as quantidades ideais de repetições com os resultados reais em competição, de modo a proporcionar a longevidade da carreira das jovens ginastas.

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