Controle da carga externa de treinamento em ginastas infantis em período competitivo
Por Maurício Bara Filho (Autor), Cristiano Diniz Silva (Autor), Paula Barreiros Debien (Autor), Paulo Daniel Sabino Carrara (Autor), Elisângela Gamarano de Freitas (Autor).
Resumo
Os objetivos deste estudo foram caracterizar a distribuição das métricas de carga externa de treinamento na ginástica artística feminina; e verificar se há correlação entre as métricas e os resultados competitivos. Participaram do estudo sete ginastas, com 11,3±0,4 anos de idade. Foram monitorados três microciclos anteriores ao Campeonato Brasileiro da categoria infantil e dois microciclos após o campeonato. A carga externa de treinamento foi acessada diariamente e representada pelo quantitativo de elementos executados nas sessões de treino em cinco dimensões (quatro aparelhos e total). Foram efetuados o teste de Friedman entre as métricas de carga externa de treinamento e os microciclos, e regressões lineares entre as métricas de carga externa de treinamento e a classificação na competição. O quantitativo semanal de elementos variou conforme o aparelho, com reduções significativas da equipe da fase pré para a fase pós-campeonato (p=0,04). As regressões apontaram trivial a moderada correlação (R2=0,01 a R2=0,43) entre o quantitativo de elementos e os resultados competitivos. Nesse sentido, os treinadores devem: estar atentos ao controle contínuo das cargas de treino; refletir sobre a individualização das cargas externas de treinamento; e balancear as quantidades ideais de repetições com os resultados reais em competição, de modo a proporcionar a longevidade da carreira das jovens ginastas.