Controle da Carga Interna de Treinamento Físico em Atletas de Karatê
Por Diego Spigolon (Autor), César Cavinato Cal Abad (Autor), Irineu Loturco (Autor), Lucas Adriano Pereira (Autor), Katia Pascoto Kitamura (Autor), Ronaldo Kobal (Autor).
Em 40º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
Objetivo: O objetivo do presente estudo foi analisar as respostas psicométricas e neuromusculares de atletas da seleção brasileira de karatê durante um camp de treinamento de 5 dias que antecederam o campeonato Panamericano de karatê sênior (adulto) 2016. Métodos: Dezenove atletas [9 homens (22,8±3,97 ano; 177±9,21cm, 73,1±9,59 kg) e 10 mulheres (25,4±3,40 anos; 162,2±3,27 cm; 60,2±7,82 kg)] foram submetidos a carga de treinamento pré-programada e avaliados por meio de instrumentos psicométricos e teste de saltos verticais. O questionário Restq-76 Sport foi aplicado no momento da apresentação dos atletas (R1), no dia da competição (R2) e após o término do último dia de disputas (R3). Os estados de humor (BRUMS); a percepção subjetiva de esforço da sessão (PSE-s), a percepção subjetiva de recuperação [total quality recovery (TQR)] e os testes de saltos sem [squat jump (SJ)] e com contramovimento (CMJ) foram aplicados antes de cada sessão de treino (S1, S2 e S3). Já o questionário Restq-76 Sport foi aplicado no momento da apresentação dos atletas (R1), no dia da competição (R2) e após o término do último dia de disputas (R3). Resultados: Houve “quase certa redução” de estresse entre R1 vs. R2, “muito provável redução” entre R1 vs. R3 e “possível aumento” entre R2 vs. R3. Na recuperação houve “muito provável aumento” entre R1 vs. R2 e R1 vs. R3. A depressão mostrou “possível redução” entre S2 vs. S3 e “possível redução” da fadiga entre S1 vs. S3 e S2 vs. S3. A TQR apresentou “provável redução” de S2 vs. S3 e a PSE-s mostrou “provável redução” quando comparados S1 vs. S3 e S2 vs. S3. Em relação a avaliação neuromuscular por meios dos saltos verticais tanto para o SJ quanto para o CMJ houve “provável aumento” no teste pós em comparação ao pré no S1 vs. S3. Conclusão: Não houve acúmulo de fadiga e queda de desempenho físico durante o período analisado sugerindo que as cargas de treinamento foram adequadas. Essas informações podem auxiliar a prática de treinadores e preparadores que pretendam controlar as cargas de treinamento físico de seus atletas.