Resumo

O presente trabalho focalizou o controle respiratório voluntário em crianças de 5 a 11 anos com déficit na aprendizagem motora. A base teórica do estudo encontra-se em FONSECA (1998), quando afirma que a organização corporal e os componentes emocionais e motivacionais podem em muitos casos traduzir-se por bloqueios ao processo normal de desenvolvimento neuropsicomotor, podendo por esse fato comprometer também o potencial de aprendizagem e o perfil de prontidão necessários para as aprendizagens simbólicas da leitura, da escrita e do cálculo na escolaridade básica. Como intervenção capaz de solucionar o quadro deficitário do desempenho motor devido às perturbações do controle respiratório, aponta-se a utilização de exercícios em terra e exercícios aquáticos, aplicada da este objetivo específico. Isso por que, conforme afirma BUENO (1998), a respiração na água é solicitada de forma consciente a ativa na expiração com predomínio oral e muda-se totalmente em relação ao meio aéreo. Foi realizada pesquisa de campo com 10 crianças, com idades entre 5 e 11 anos, portadores de asma, selecionadas entre os alunos de uma escola de primeiro grau, tendo sido aplicado o método RTA em terra e no meio aquático. As conclusões evidenciaram que existe correlação entre o controle da respiração e a aprendizagem motora em crianças de 5 a 11 anos; o método RTA mostra-se eficaz para este tipo de intervenção com crianças portadoras de asma; e um período de 30 dias é insuficiente para que se alcance resultado positivo em relação às alterações posturais destas crianças, tendo indicado, a curva de ganhos observada, que uma intervenção desta natureza depende, no mínimo, de um período de seis meses para um mais efetivo resultado.

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