Coordenação Motora: Estudo de Tracking em Crianças dos 6 Aos 10 Anos da Região Autônoma dos Açores, Portugal
Por Renata Batista Coelho Deus (Autor), Alcibíades Bustamante (Autor), Vitor Pires Lopes (Autor), André F. Teixeira Seabra (Autor), Rui Manuel Garganta da Silva (Autor), José Antônio Ribeiro Maia (Autor).
Em Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v. 10, n 3, 2008. Da página 215 a -
Resumo
O objetivo do estudo foi caracterizar o desenvolvimento coordenativo em crianças açorianas dos 6 aos 10 anos em função do sexo e estimar a estabilidade da mudança intra-individual nas diferenças inter-individuais ao longo dos quatro anos. A amostra de 285 crianças (143 meninos e 142 meninas) é proveniente do estudo longitudinal-misto da Região Autônoma dos Açores. A coordenação motora foi determinada com a bateria de testes KTK que compreende 4 provas: Equilíbrio à retaguarda, Saltos laterais, Saltos monopedais e Transposição lateral. As estatísticas descritivas básicas, a ANOVA II, assim como as auto-correlações foram calculados no SPSS 15. Recorremos ao de Foulkes e Davies para verificar a quantidade de crianças que mantêm a mesma posição relativa. Este cálculo foi realizado no software LDA. As medidas descritivas básicas revelaram um incremento das médias, em ambos os sexos, ao longo da idade. A ANOVA II mostrou diferenças significativas em todos os testes ao longo dos quatro anos e, somente no teste Equilíbrio à Retaguarda foi encontrada uma interação significativa entre tempo e sexo. A correlação de Pearson apresentou uma estabilidade moderada. No teste Equilíbrio à Retaguarda, em ambos os sexos, e Saltos Monopedais nos meninos não se verificou nenhum tracking no desempenho o que revela uma forte heterogeneidade no desenvolvimento da Coordenação Motora ao longo dos quatro anos. Tais resultados reafirmam o direito à diferença nos níveis de coordenação e apelam para o entendimento do seu significado em termos pedagógicos.