Resumo

Esta tese investiga a seguinte questão: Como se desenvolveu a gestão e legados do megaevento esportivo Copa do Mundo FIFA 2014 Brasil? Para tal, se dividiu o megaevento nos períodos temporais de pré-evento, evento e pós-evento, produzindo três artigos que apresentam dinâmicas e nuances diferentes referentes à gestão e legados. Metodologicamente, se obteve dados primários através de entrevistas não estruturadas do tipo guiada, e dados secundários coletados pelas técnicas da pesquisa bibliográfica e documental. As análises das entrevistas são conduzidas seguindo o prescrito na analise de conteúdo de Bardin (2011), sendo sustentadas pelos dados secundários ao longo dos artigos. Os resultados mostram que na fase de candidatura, pré-evento, a gestão se desenvolveu com aspirações da CBF em realizar o evento junto com estratégia politica do Governo de promoção da imagem do Brasil. No período do evento, a gestão se estabeleceu entre FIFA, COL e Governo, onde a FIFA visava lucros e interesses comerciais; o COL era o agente executivo responsável por operar o evento a serviço da FIFA; e o Governo tendo que cumprir as 11 garantias assinadas. Com a realização conjunta do evento a FIFA em 2014 lucrou US$ 141 milhões, o COL teve seus gastos regulados pela FIFA, estimados em torno de US$ 15 milhões, e Governo com um gasto/investimento total de R$ 27,12 bilhões ainda com seus resultados duvidosos, sendo R$ 8,38 bilhões em 12 arenas apresentando um legado tangível com mais aspectos negativos do que positivos. E no pós-evento, ocorreu com a desmobilização de estruturas organizacionais (FIFA, COL e Governo). O evento deixou como legado: legado da imagem do país, legado do conhecimento e legado do evento si (tangíveis e deixados pelo evento), contudo, estes últimos revelam gastos de dinheiro público e obras não entregues. Em relação às 12 arenas, o legado possui pontos positivos por a infraestrutura que precisa de manutenção, e negativos com altos custos, pouco uso, corrupção e investigações em segredo de justiça.

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