Corfebol Uma proposta de prática pedagógica para promover a equidade de gênero nas aulas de educação física

Este estudo objetivou elaborar e implementar uma sequência didática para o ensino do Corfebol, que problematizasse as relações de gênero e diminuísse os afastamentos das meninas das aulas de Educação Física. Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa do tipo participante. Os instrumentos utilizados para a coleta de dados consistiram em dois questionários e o Diário de Campo. Os dados coletados foram analisados com base na análise de conteúdo categorial subsidiada em Bardin (2011), também foram apresentados em gráficos e tabelas analíticas. Os Resultados demonstram que o principal motivo dos afastamentos das meninas das aulas de educação física está relacionado a não sentirem prazer e/ou não se sentirem capazes de realizar as atividades propostas e após a implementação da sequência didática observou-se um aumento significativo no engajamento dos alunos nas aulas de Educação Física.

Referências

ALTMANN, Helena; AYOUB, Eliana; AMARAL, Silvia Cristina Franco. Gênero na prática docente em educação física: "meninas não gostam de suar, meninos são habilidosos ao jogar"? Revista estudos feministas, v. 19, n. 2, p. 491-501, 2011.

ALVES, Jorge. O ensino do corfebol nas escolas: como abordar a modalidade. Lisboa, Portugal: Federação Portuguesa de Corfebol, 2015.

BARDIN, Lawrence. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2011.

BETTI, Mauro; ZULIANI, Luiz Roberto. Educação física escolar: uma proposta de diretrizes pedagógicas. Revista mackenzie de educação física e esporte, v. 1, n. 1, p. 73-81, 2002.

CHIODA, Rodrigo Antonio. A roda de conversa e o processo civilizador. 2004. 84f. Dissertação (Mestrado em Educação). Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, 2004.

CORREA, Natalha Mussi Jorge da Cunha. Corfebol: uma proposta de prática pedagógica para promover a equidade de gênero nas aulas de educação física. 2024. 142f. Dissertação (Mestrado Profissional em Educação Física). Universidade Estadual Paulista, Presidente Prudente, SP, 2024.

DAOLIO, Jocimar. A construção cultural do corpo feminino ou o risco de se transformar meninas em antas. In: ROMERO, Elaine (Org.). Corpo, mulher e sociedade. Campinas, SP: Papirus, 1995.

DAOLIO, Jocimar. Cultura: educação física e futebol. Campinas, SP: UNICAMP, 2006.

GOELLNER, Silvana Vilodre; DOS ANJOS, Luiza Aguiar. Esporte e transgeneridade: corpos, gêneros, e sexualidades plurais. In: DORNELES, Priscila Gomes; WENETZ, IIeana; SCHWENGBER, Maria Simone Vione. Educação física e sexualidade: desafios educacionais. Ijuí, RS: Unijuí, 2017.

HALLAL, Pedro Curi et al. Prevalência de sedentarismo e fatores associados em adolescentes de 10-12 anos de idade. Caderno de saúde pública, v. 22, n. 6, p. 177-187, 2006.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa nacional de saúde do escolar. 2015. Rio de Janeiro: IBGE, 2019.

INTERNATIONAL KORFBALL FEDERATION. The rules of korfball. 2024. Disponível em: <https://korfball.sport/wp-content/uploads/2024/05/The-Rules-of-Korfball-2024.pdf>. Acesso em: 27 ago. 2024.

KUNZ, Elenor. Transformação didático-pedagógica do esporte. Ijuí, RS: Unijuí, 1994.

LIM, So Youn; DIXON, Marlene A. A conceptual framework of sport participation and women’s empowerment. Managing sport and leisure, v. 1, p. 1-15, 2018.

MEYER, Dagmar Estermann; SOARES, Rosângela de F. Rodrigues. Corpo, gênero e sexualidade nas práticas escolares: um início de reflexão. In: MEYER, Dagmar Estermann; SOARES, Rosângela de F. Rodrigues (Orgs.). Corpo, gênero e sexualidade. Porto Alegre, RS: Mediação, 2004.

MEZZETTI, Carolina de Freitas Rochael. O fenômeno arquibancada: análise do afastamento das meninas nas aulas de educação física do ensino médio em uma escola na rede estadual de Minas Gerais. 2020. 122f. Dissertação (Mestrado em Educação Física). Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, 2020.

MINAYO, Maria Cecília de Souza; DESLANDES, Suely Ferreira; GOMES, Romeu (Orgs.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 16. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.

OLIVEIRA, Thiara Castro et al. Atividade física e sedentarismo em escolares da rede pública e privada de ensino em São Luís. Revista de saúde pública, v. 44, n. 6, p. 996-1004, 2010.

OLIVEIRA, Flavio; MACEDO, Romario; SILVA, Adson. Fatores associados à participação das alunas nas aulas de educação física: uma questão de gênero? Acta brasileira do movimento humano, v. 4, n. 5, p. 73-86, 2014

PAES, Roberto Rodrigues. A pedagogia do esporte e os jogos coletivos. In: ROSE JÚNIOR, Dante de et al. Esporte e atividade física na infância e na adolescência. Porto Alegre, RS: Artmed, 2002.

OLIVEIRA, Rogério Cruz de. Educação física, escola e cultura: o enredo das diferenças. 2006. 101f. Dissertação (Mestrado em Educação Física). Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, 2006.

SÃO PAULO (Estado). Secretaria de Educação do Estado de São Paulo. Currículo paulista. São Paulo: SEDUC/SP, 2019.

SOARES, Carmen Lúcia. Educação física escolar: conhecimento e especificidade. Revista paulista de educação física, supl. 2, p. 6-12, 1996.

SOARES, Carmen Lúcia et al. Metodologia do ensino de educação física. São Paulo: Cortez, 1992.

SOUSA, Eustáquia Salvadora. Meninos, à marcha! Meninas, à sombra! A história da educação física em Belo Horizonte (1897-1994). 1994. 265f. Tese (Doutorado em Educação). Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, 1994.

SOUSA, Eustáquia Salvadora; ALTMANN, Helena. Meninos e meninas: expectativas corporais e implicações na educação física escolar. Cadernos Cedes, n. 48, p. 52- 68, 1999.

TENÓRIO, Jerson Garbin; SILVA, Cinthia Lopes. Educação física escolar e a não participação dos alunos nas aulas. Ciência em movimento, v. 15, n. 31, p. 71-80, 2013.

THORNE, Barrie. Gender play: girls and boys in school. New Jersey, USA: Rutgers University Press, 1993.

Acessar