Resumo

Na sociedade colombiana, como em muitas sociedades latino-americanas, a ubiquidade e o prestígio da figura de uma pessoa armada a coloca em referência a uma realização pessoal, fazendo com que suas formas de relação social se promovam, aceitem e generalizem como modelo de socialização. Sua omnipresença contribui para a aceitação do uso da violência armada como determinante do vínculo social tanto nas relações interpessoais como na organização coletiva. Esse artigo coloca algumas características dos processos e as condições relacionadas com a integração da arma ao corpo e o que essa implica em termos de percepção de si mesmo e da organização social. Articulado a esse cenário, se introduz a reflexão sobre a flexibilidade funcional de alguns aspectos e modos de interação promovidos através da Educação Física e da prática esportiva em relação à transformação do corpo em corpo-armado e com sua aceitação social. A pergunta de fundo é: como e através de quais condicionantes a Educação Física e a prática esportiva contribuem para a generalização de hábitos que são funcionais à conformação e aceitação do corpo-armado?

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