Resumo

A Educação Física, no contexto da sociedade capitalista, passa a ser uma ferramenta importante para a adequação dos corpos ao novo modelo de produção. Nesta disciplinarização dos corpos, os métodos ginásticos e a posterior inserção da Educação Física nas escolas trazem consigo formas de intervenção que se caracterizam por uma disciplina imposta e uma internalização e auto-regulação dos indivíduos. Toda metodologia de ensino da Educação Física nas escolas mantém essas raízes em práticas anteriormente ligadas à produção de trabalhadores e sua preparação física e moral. Estas práticas escolares continuam solidificando a distinção dos indivíduos feita através de suas capacidades físicas e também de seu sexo biológico, através da noção de papéis sociais ligados a cada gênero. Sendo assim as aulas de Educação Física separam as meninas dos meninos, determinam suas características e perpetuam um modelo em que ao homem cabe um papel ativo, violento e competitivo, restando às mulheres o seu oposto. Busca-se perceber, através desse artigo, de que forma se dá essa produção de sujeitos e suas identidades de gênero nas práticas atuais da Educação Física.

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