Resumo

Este resumo é uma reflexão sobre que tipo de corpo(reidade) participará das Olimpíadas nos anos futuros. Muito já se escreveu sobre o nascimento das atuais Olimpíadas e sua evolução a medida que novas modalidades foram incluídas em suas modalidades. Ao mesmo tempo, estas olimpíadas revelaram-se um espaço único de inclusão social ao implantarem os Jogos Paralímpicos, se oportunizado a milhares de pessoas uma oportunidade única de encontro entre sujeitos com limitações corporais de diferentes nações num momento singular de integração. Mas os atuais avanços da ciência em diferentes campos (Neurociência, Inteligência Artificial, Computação quântica, Nanotecnologia, Biologia Sintética, etc.) vêm realizando pesquisas que intervém na anatomia e nas condições funcionais desta estrutura corpo que já têm seu design inalterado há milhares de anos. Hoje existem possibilidades regenerativas de segmentos corporais que apontam caminhos futuros para amputados. Neste caso, um atleta paralimpico que tem recuperado seu membro continuará a competir nesta modalidade ou deixará de pertencer à mesma? E no caso das pesquisas sobre a recuperação da visão na utilização de artefatos que permitem um tipo de visão que ainda está em estágio inicial? E no caso de tetraplégicos que recuperam sua mobilidade funcional, através de exoesqueletos, constituirá uma categoria a partir dos modelos derivados de atualização de software? Hoje já existem pessoas amputadas que dispõem de próteses que potencializam sua mobilidade em melhor desempenho do que os ditos sujeitos “normais”. Ou será que este será um conceito questionado para as Olimpíadas futuras? São questões que parecem derivadas da ficção científica, mas considerando-se os atuais avanços da ciência em diferentes áreas, não se podem desconsiderar as possibilidades de reflexão conceitual e ética que as mesmas remetem, pois a partir destas definições, se estará consolidando ou não o famoso ideal olímpico...o importante é competir.

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