Corporeidades Generificadas e Educação Física Escolar: Afetos Para Uma Infância Múltipla
Por Thais Adriane Vieira de Matos (Autor), Claudia Madruga Cunha (Autor).
Resumo
Inspiradas pela questão espinosista: O que pode o corpo? Este ensaio dá a pensar sobre: O que pode o corpo infantil na Educação Física (EF), quando o pensamento afirmativo e não identitário da diferença nos permite perceber corporeidades singulares e possíveis experiências do múltiplo no ensino básico? Esta abordagem toma a EF como área do conhecimento escolar, apoiando-se nos Estudos de Gênero Pós-estruturalistas, vinculados a obra de Michel Foucault, Gilles Deleuze e Félix Guattari, além de suas leitoras. Tal pesquisa de doutorado em desenvolvimento remonta a metodologia cartográfica e organiza três movimentos, são eles: localizar em ambiente escolar específico os limites impostos por uma política do corpo sob a ideia de diversidade de gênero e sexual; pontuar delineamentos propostos para uma educação do corpo infantil nas políticas de inclusão educacionais; e, um último, demarcar ações que venham a rupturar a lógica identitária e normativa nas aulas de EF, diluindo a representação das corporeidades generificadas pela mobilização de afetos que implicam outros modos de ser. Antecipa-se que a generificação não cessa de ser produzida e se faz em processos vindos de espaços normativos. Entretanto, a sensibilização para as linguagens das infâncias tende a criar corporeidades outras.