Corpos entre o paradigma ocidental e saberes afro-diaspóricos: o caso do Projeto CorpoFronteiras

Este artigo é resultado de uma investigação ainda incipiente na educação física e noutras áreas do conhecimento que tomam o corpo humano como o seu objeto de interesse. Trata-se de uma investigação reflexiva sobre alternativas aos mandamentos das ciências consolidadas no Ocidente sobre saúde e beleza. O objetivo deste texto foi mostrar que, primeiro, epistemologicamente tais ciências da modernidade partem da compreensão do corpo das pessoas como coisa, separável da natureza, da cultura e da mente, entendendo-o tal como se fosse um objeto à espera do olhar investigativo das ciências que os destrincharão para descobrir seus segredos universalizáveis. E, segundo, pretendeu-se mostrar que outras compreensões sobre o corpo são possíveis. Para exemplificar essas alternativas foi apresentado o Projeto CorpoFronteiras — uma possibilidade de lidar com o corpo e a mente, singularizando-os, sem separá-los, e relacionando-os à sua ancestralidade, à natureza e à cultura em que se desenvolvem suas perspectivas e racionalidade.

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