Resumo

O objetivo desse estudo foi verificar a relação da aptidão aeróbia e de fatores neuromusculares com o desempenho em SR em tenistas com diferentes níveis de jogo. Um grupo de dez tenistas profissionais (GP) e um grupo de dez tenistas amadores (GA) foram submetidos a quatro sessões experimentais, a saber: 1) medidas antropométricas, familiarização com o teste de drop jump (DJ) e com o teste de contração voluntária isométrica máxima (CVIM) para membros inferiores, e um teste progressivo até a exaustão; 2) um teste de DJ e um teste de carga constante para avaliar a cinética on e off do consumo de oxigênio (VO2); 3) um teste de CVIM para membros inferiores, outro teste de carga constante para avaliar a cinética on e off do VO2 e familiarização com o teste de SR; 4) um teste composto por dez SR. O GP apresentou valores significativamente menores para o tempo do melhor sprint (SRmelhor) e para a média dos tempos de todos os sprints (SRmédio) em relação ao GA (p < 0,05). O percentual de aumento do tempo ao longo dos sprints (SR%aumento) do GP não foi significativamente menor em comparação ao GA (p = 0,102), porém a chance dessa variável ser menor para o GP foi considerada "provável". Para o GP, a única correlação significativa observada foi entre o SRmédio e o tempo de contato obtido no teste de DJ (r = 0,641, p < 0,05). Em relação ao GA, foram observadas correlações significativas da velocidade pico obtida no teste progressivo até a exaustão com o SRmelhor (r = -0,680, p < 0,05) e SRmédio (r = -0,744, p < 0,05), assim como da amplitude da fase lenta da cinética off do VO2 com o SRmelhor (r = -0,756, p < 0,05) e SRmédio (r = -0,794, p < 0,05). Portanto, esses dados sugerem que tenistas profissionais possuem um melhor desempenho em SR em comparação aos tenistas amadores. Entretanto, não está clara a importância de fatores da aptidão aeróbia e neuromusculares no desempenho dessa atividade

Acessar Arquivo