Correlação da Classificação Funcional, Desempenho Motor e Comparação Entre Diferentes Classes em Atletas Praticantes de Rugby em Cadeira de Rodas
Por José Irineu Gorla (Autor), Luis Gustavo de Souza Pena (Autor), Luis Felipe Castelli Correia de Campos (Autor), Anselmo de Athayde Costa e Silva (Autor), Rafael Botelho Gouveia (Autor), Luiz Gustavo Teixeira Fabrício Santos (Autor), José Júlio Gavião de Almeida (Autor), Lucinar Jupir Forner Flores (Autor).
Em Revista Brasileira de Ciência & Movimento v. 20, n 2, 2012. Da página 25 a 31
Resumo
Introdução: O rugby em cadeira de rodas (RCR) é uma modalidade paraolímpica, praticada por atletas tetraplégicos ou que apresentem um quadro equivalente. Apresenta um sistema de classificação funcional (CF), com sete classes que varia de 0,5 à 3,5 pontos. Objetivo: Correlacionar os valores do desempenho motor nos testes de campo com a classificação funcional dos atletas de RCR e comparar o desempenho dos atletas com CF baixa (0,5 a 1,5) e alta (2,0 a 3,5). Métodos: Participaram do estudo nove atletas (lesão medular de C4 a T1), do sexo masculino, com idades entre 20 e 35 anos. Foram aplicados testes de resistência em 12 minutos, corrida de 20 metros e o teste de agilidade. A análise estatística foi realizada através do pacote estatístico R-plus® 2.11.0. Para avaliar a normalidade dos dados foi realizado o teste de Shapiro-Wilk. Foi realizada Matriz de Correlação entre a CF com o desempenho nos testes motores e nível neurológico dos atletas. Também foram feitas comparações entre os resultados obtidos dos atletas de pontuação baixa com os de pontuação alta, usando os testes “t” de student para amostras independentes nos dados normais e o teste Wilcoxon para os dados que não apresentaram normalidade, considerando um valor de p ? 0,05. Resultados: Os sujeitos registraram média de 1446,9±472,3m no teste de resistência 12 minutos; 15,69±8,71mL(kg/min)-1 para o VO2máx; 8,1±2,24s no teste de velocidade e 26,40±7,51s no teste de agilidade. Os testes apresentaram correlação de moderada a alta com a CF. Na comparação entre grupos, os atletas com CF alta tiveram melhor performance nos testes de agilidade e velocidade. Conclusão: Sugere-se para futuros estudos, avaliar amostras mais numerosas a fim de afirmar os resultados encontrados, além de adicionar aos testes quantificações das ações técnicas e táticas em quadra, correlacionando-as com a CF dos atletas.