Correlação do percentual de gordura corporal com a altura máxima do salto vertical de atletas femininos das categorias de base de Basquetebol
Por Ana Paula Xavier (Autor), Elen Rosa Viana de Souza (Autor), Cézar Silva de Oliveira (Autor), Carla Patricia Guimarães (Autor).
Em 43º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
Introdução: O salto vertical é imprescindível no basquetebol devido a sua contribuição na impulsão para execução de arremessos e jogadas. A massa gorda pode limitar a impulsão, devido ao aumento do peso corporal que diminui a aceleração, expressa pela força dividida pela massa. Objetivo: Correlacionar o percentual de gordura corporal e o índice de massa corporal (IMC) com a altura máxima atingida durante o salto vertical de atletas femininos de basquetebol das categorias de base. Materiais e métodos: Foram avaliados 17 atletas femininos das categorias de base (SUB 14 a SUB 19) de um projeto social que oferece treinamento na modalidade basquetebol da cidade do Rio de Janeiro - RJ. Para as avaliações foram utilizados uma balança mecânica antropométrica Welmy, um estadiômetro de fita métrica fixado na parede, um adipõmetro Cescorf e uma plataforma de força AMTI. As avaliações ocorreram todas no mesmo dia, antes da sessão de treinamento das atletas e realizadas pelo mesmo avaliador. Primeiro aferia-se a estatura, o peso, as dobras cutâneas (tríceps, peitoral, subaxilar, subescapular, abdominal, supraillaca e coxa) e por fim o salto vertical. O cálculo de percentual de gordura foi obtivo através do protocolo de Jackson e Pollock (1978) e o cálculo do IMC através da divisão do peso pela altura ao quadrado. As atletas executaram 3 saltos verticais com contramovimento sem o auxílio dos braços e 3 saltos com o auxílio dos braços, a altura máxima do salto foi calculada a partir do tempo de vôo. Foi realizado o teste de Kolmogorov-Smirnov para verificar a normalidade dos dados e em seguida, como os dados apresentaram normalidade foi realizado o teste de correlação de Pearson com nível de significância de 0,05 através do software estatístico SPSS v.20. Resultados: Foram encontradas correlações negativas para o percentual de gordura e altura do salto sem o auxílio dos membros superiores, e para o percentual de gordura e a altura do salto com o auxílio dos membros superiores (TABELA 1). Entre o IMC e as alturas dos saltos verticais (com e sem o auxílio dos membros superiores) não houve correlação, mas entre o IMC e o percentual de gordura apresentou-se correlação positiva. Conclusões: Verificou-se que quanto menor o percentual de gordura, maior a altura do salto vertical realizado tanto com quanto sem o auxílio dos membros superiores, permitindo que os técnicos elaborem treinamentos mais adequados para essas atletas.