Correlação entre a flexibilidade articular, gordura relativa e tempo de prática em ciclistas amadores
Por Emanuel Botejara de Campos (Autor), Igor Franco de Oliveira Silva (Autor), Eurico Lara de Campos Neto (Autor), Anibal Pires do Amaral Neto (Autor), Danilo Luiz Fambrini (Autor), Claudinei Ferreira dos Santos (Autor).
Em IX Congresso Brasileiro de Metabolismo, Nutrição e Exercício - CONBRAMENE
Resumo
Flexibilidade articular e gordura relativa (%G) são variáveis relacionadas ao desempenho e valores não favoráveis podem interferir no mesmo. O ciclismo é um esporte individual de resistência, que exige diversos componentes da aptidão física do atleta que se mantém em atividade por horas, minimizar os fatores negativos no processo é importante para a obtenção de bons resultados. OBJETIVO: Correlacionar o tempo de prática (anos), a frequência (dias) e volume semanal (horas) de treinamento com a flexibilidade articular e gordura relativa de ciclistas amadores. MÉTODOS: A amostra foi composta por doze ciclistas amadores do sexo masculino (38,90±10,39 anos). Foi mensurada a flexibilidade articular nos seguintes movimentos: flexão de joelhos e de quadril, extensão e flexão de tronco, coluna cervical e punhos, utilizando um flexímetro. A densidade corporal foi calculada a partir da equação de Jackson & Pollock (1978), considerando os valores das dobras cutâneas: peitoral, abdominal e coxa, mensuradas de maneira rotacional (Guedes, 2006). Para a conversão do valor da densidade corporal em gordura relativa (%G) a equação de Siri (1961) foi a utilizada. O tempo de prática, frequência e volume semanal de treinamento foram mesuradas através de questionário específico aplicado. Após a confirmação da normalidade das distribuições das variáveis (Shapiro-Wilk), as correlações foram estabelecidas mediante o teste de Pearson (p<0,05). RESULTADO: Foi verificada a correlação significativa da gordura relativa com a flexão de quadril direito (r=- 0,77) e esquerdo (r=-0,76), flexão de joelho direito (r=-0,81) e esquerdo (r=-0,69) e flexão de punho esquerdo (r=-0,54) e direito (r=-0,64). O tempo de prática foi correlacionado significativamente com flexão (r=-0,65), extensão de coluna cervical (r=-0,54) e frequência semanal (r=0,54). O volume semanal de treino foi significativamente relacionado com extensão de tronco (r=-0,72), extensão de coluna cervical (r=-0,56), flexão de punho esquerdo (r=-0,52) e frequência semanal (r=0,71). Também a frequência semanal foi correlacionada significativamente com extensão de tronco (r=-0,77) e extensão de coluna cervical (r=-0,59), flexão de punho esquerdo (r=-0,74) e tempo de prática (r=0,54). CONCLUSÃO: Tempo de prática, frequência e volume semanal de treino e a gordura relativa se correlacionam negativamente com a flexibilidade de ciclistas amadores