Resumo

A obesidade é doença crônica resultante do acumulo excessivo de gordura corporal. Atualmente a obesidade atinge grande parcela da população brasileira, resultando em elevado impacto financeiro para o SUS, especialmente por ser fator de risco para várias doenças crônicas não transmissíveis. OBJETIVO: Analisar se existe correlação entre gastos com medicamentos e diferentes indicadores de obesidade em pacientes com idade ≥ 50 anos atendidos na atenção primária do Sistema Único de Saúde. MÉTODOS: Estudo de caráter transversal realizado em duas Unidades Básicas de Saúde do município de Presidente Prudente/SP. Foram avaliados 331 pessoas, 99 homens (29,9%) e 232 mulheres (70,1%), com média de idade de 61,99 ± 875 anos, todos os participantes consentiram a participação e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Para verificar os indicadores de obesidade foram utilizados i) Percentual de Gordura Corporal, por meio de bioimpedância elétrica, aparelho da marca InBody, modelo 230, para a realização do teste (sempre no período da manhã) foi indicado aos pacientes a não ingestão de cafeína, a não prática de exercícios extenuantes 24 horas antes da análise, e o esvaziamento da bexiga antes do teste; ii) Índice de Massa Corporal, calculado de acordo com a fórmula: IMC=massa corporal/estatura², para mensuração das variáveis foram utilizados estadiômetro e balança da marca Welmy iii) Circunferência de Cintura, utilizando fita métrica, marca Sanny, para verificar a menor circunferência entre a ultima costela e a crista ilíaca. A análise estatística foi composta pelo teste de correlação de Spearman e o nível de significância adotado foi de p < 0,05. RESULTADOS: Maiores gastos com medicamentos foram relacionados com valores elevados de percentuais de gordura corporal (rho = 0,178, p = 0,003), índice de massa corporal (rho = 0,185, p = 0,001) e circunferência de cintura (rho = 0,135, p = 0,015). CONCLUSÃO: Pode-se concluir gastos com medicamentos apresentaram relação positiva com diferentes indicadores de obesidade entre pacientes com idade ≥ 50 anos atendidos na atenção primária do Sistema Único de Saúde

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