Resumo

Introdução: O alto consumo máximo de oxigênio (V’O2 máx) dos atletas deve-se às adaptações periféricas, e principalmente miocárdicas, relacionadas ao treinamento. Embora as modificações estruturais do coração do atleta, associadas a essas adaptações, sejam bem conhecidas, há limitadas informações sobre o papel da função ventricular como preditor da capacidade de exercício. Objetivo: Identificar índices de avaliação de potência aeróbica máxima em jogadores pro- fissionais de futebol, a partir da análise da função diastólica à ecocardiografia de repouso. Métodos: Estudo prospectivo envolvendo 66 jogadores profissionais e 39 indivíduos não atletas (controles) submetidos a exame ecocardiográfico para análise de parâmetros da função diastólica em repouso [velocidades diastólicas iniciais (E e E’), velocidade diastólica final (A) e relações E/A e E/E’] e a teste ergométrico até a exaustão para análise do V’O2 máx. Resultados: Os atletas apresentaram maior relação E/A (p= 0,008) e menor velocidade de A (p= 0,023), quando comparados com os não atletas. Houve correlação do V’O2 máx com a velocidade de A (r= -0,268; p= 0,037) e E’ (r= 0,306; p= 0,018) nos atletas e com a relação E/A nos atletas (r= 0,314; p= 0,014) e nos não atletas (r= 0,347; p= 0,036). Após regressão linear múltipla, apenas a relação E/A mostrou contribuição independente para o V’O2 máx. Conclusão: O V’O2 máx em atletas de futebol está relacionado a alguns parâmetros ecocardiográficos em repouso, sendo a relação E/A o único preditor independente da potência aeróbica máxima neste grupo. Descritores: Futebol, Esportes, Atletas, Função Ventricular Esquerda, Aptidão Física, Ecocardiografia Doppler

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