Correlação Entre índices Antropométricos e Distribuição de Gordura Corporal em Mulheres
Por Marcius de Almeida Gomes (Autor), Cassiano Ricardo Rech (Autor), Manuela Barreto de Araújo Gomes (Autor), Daniela Lopes dos Santos (Autor).
Em Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v. 8, n 3, 2006. Da página 16 a -
Resumo
Este estudo tem como objetivo analisar a relação entre os índices antropométricos (IA), com o percentual de gordura corporal total (%GTOTAL) e de tronco (%GTRONCO) em mulheres idosas, verificando a prevalência de risco à saúde quando associado ao acúmulo de gordura corporal total em relação aos diferentes IA. Trata-se de um estudo descritivo correlacional, onde foram avaliadas 60 mulheres entre 60 e 80 anos de idade, todas aparentemente saudáveis. As variáveis de massa corporal (kg), estatura (cm), perímetros da cintura (cm), abdômen (cm) e quadril (cm) foram mensurados e posteriormente calculou-se os seguintes IA: índice de massa corporal (IMC), razão cintura quadril (RCQ), índice de conicidade (IC) e circunferência de cintura (CC). A Absortometria Radiológica de Dupla Energia (DEXA) foi utilizada para a estimativa do %GTOTAL e do %GTRONCO. Para identificar a relação entre os índices antropométricos e o %GTOTAL e %GTRONCO, utilizou-se à correlação Linear de Pearson e a análise de regressão Linear Simples, adotando-se um nível de significância de p < 0,05. Os resultados demonstraram que o IMC apresentou uma correlação forte com o %GTOTAL (r=0,73; p < 0,05) e com %GTRONCO (r=0,71; p < 0,05), outro índice com uma forte relação com o %GTOTAL (r=0,61; p < 0,01), foi a CC, que apresentou também uma correlação forte para com o %GTRONCO (r=0,64; p < 0,01). Na análise da prevalência de risco à saúde, adotando como critério o %GTOTAL pela DEXA (%G>30%), observou-se que 83,3% apresentam um risco associado à saúde, já quando utilizado o IMC essa prevalência foi de 78,8% (IMC), 90% para o IC, 88% para a CC e 38% para a RCQ e quando utilizado a combinação do IMC e CC a prevalência foi de 90% das idosas classificadas com risco à saúde. Assim, conclui-se que o IMC e a CC em mulheres idosas podem ser utilizados no diagnóstico de excesso de gordura corporal, pois apresentaram boa correlação, tanto na análise do %GTOTAL e do %GTRONCO. O