Correlação Entre o Decremento da Frequência Cardíaca e a Modulação Autonômica no Período Imediato de Recuperação Pós-teste de Esforço Máx
Por Guilherme Eckhardt Molina (Autor), Keila Elizabeth Fontana (Autor), Carlos Janssen Gomes (Autor), Giliard Lago Garcia (Autor), Luiz Fernando Junqueira Junior (Autor), Luiz Guilherme Grossi Porto (Autor).
Em 37º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte - SIMPOCE
Resumo
Introdução: Os mecanismos fisiológicos envolvidos na modulação autonômica cardíaca durante o período de decremento da frequência cardíaca de recuperação (FCR) após teste de esforço é um assunto controverso e pouco explorado no contexto dos ajustes cardiovasculares e do prognóstico em diferentes condições clínicas e funcionais. Objetivo: Avaliar a correlação entre o decremento da frequência cardíaca e a modulação autonômica cardíaca durante o período imediato de recuperação após teste de esforço máximo em esteira, em homens clinicamente normais. Método: Foram avaliados 31 homens adultos, clinicamente normais, com idade de 29 (23 - 32) anos e IMC 24,9 (22,9 – 25,9) kg/m2 (mediana e quartis). As variações decrementais da FCR, absoluta (ΔabsFC) e relativa (ΔFC%), em relação à FC máxima atingida no esforço, foram verificadas no 1º, 3º e 5º minutos imediatos após o teste de esforço máximo (rampa) em esteira rolante. Simultaneamente, durante o período de recuperação de 5 minutos, na posição ortostática e de forma ativa foi obtida a série dos intervalos R-R para análise da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) no domínio tempo-frequencial e baseada no mapa de Poincarè Para verificação das correlações empregou-se o teste de correlação de Spermam ao nível de 5%. Resultados: Como se observa nas Tabelas 1 e 2, tanto na análise tempo-frequencial (grau) da VFC quanto na de Poincarè (área da elipse) e (SD2), verificou-se que a FCR correlacionou-se positivamente com o grau de modulação autonômica cardíaca global e com a modulação vagal (SD1) no 3º e no 5º minutos pós-esforço.
TABELA
Conclusão: Os achados sugerem que a velocidade (grau/tempo) de decremento da FCR correlacionase diretamente com o grau de modulação autonômica cardíaca tanto simpática (redução) quanto vagal (aumento) durante o período de recuperação imediata após o teste de esforço máximo em esteira em homens jovens adultos e clinicamente normais.