Resumo

Introdução: Os mecanismos fisiológicos envolvidos na modulação autonômica cardíaca durante o período de decremento da frequência cardíaca de recuperação (FCR) após teste de esforço é um assunto controverso e pouco explorado no contexto dos ajustes cardiovasculares e do prognóstico em diferentes condições clínicas e funcionais. Objetivo: Avaliar a correlação entre o decremento da frequência cardíaca e a modulação autonômica cardíaca durante o período imediato de recuperação após teste de esforço máximo em esteira, em homens clinicamente normais. Método: Foram avaliados 31 homens adultos, clinicamente normais, com idade de 29 (23 - 32) anos e IMC 24,9 (22,9 – 25,9) kg/m2 (mediana e quartis). As variações decrementais da FCR, absoluta (ΔabsFC) e relativa (ΔFC%), em relação à FC máxima atingida no esforço, foram verificadas no 1º, 3º e 5º minutos imediatos após o teste de esforço máximo (rampa) em esteira rolante. Simultaneamente, durante o período de recuperação de 5 minutos, na posição ortostática e de forma ativa foi obtida a série dos intervalos R-R para análise da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) no domínio tempo-frequencial e baseada no mapa de Poincarè Para verificação das correlações empregou-se o teste de correlação de Spermam ao nível de 5%. Resultados: Como se observa nas Tabelas 1 e 2, tanto na análise tempo-frequencial (grau) da VFC quanto na de Poincarè (área da elipse) e (SD2), verificou-se que a FCR correlacionou-se positivamente com o grau de modulação autonômica cardíaca global e com a modulação vagal (SD1) no 3º e no 5º minutos pós-esforço.
TABELA
Conclusão: Os achados sugerem que a velocidade (grau/tempo) de decremento da FCR correlacionase diretamente com o grau de modulação autonômica cardíaca tanto simpática (redução) quanto vagal (aumento) durante o período de recuperação imediata após o teste de esforço máximo em esteira em homens jovens adultos e clinicamente normais.

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