Correlação entre o timed up and go e outras variáveis física-funcionais sobre o risco de quedas em idosos.
Por Aguinaldo Willian Silva Eleres (Autor), Odilon Salim Costa Abrahin (Autor), Ana Paula Marinho Costa (Autor), Vitor Moura Vasconcelos (Autor), Rejane Walessa Pequeno Rodrigues Abrahin (Autor), Thyago Henrique Machado Santos (Autor).
Em 46º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
As quedas em idosos representam um importante desafio global devido à sua alta prevalência e impacto na saúde pública (WHO, 2021). As quedas têm etiologia multifatorial e a fraqueza muscular é um fator de risco significante. A Organização Mundial da Saúde estimou que indivíduos com fraqueza muscular são cinco vezes mais propensos as quedas quando comparados com indivíduos com força muscular normal (WHO, 2021).
Objetivo: Examinar a associação entre o teste timed up and go com as capacidades física-funcionais de idosos.
Métodos: Esta pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética em pesquisa (CAAE: 04239518.5.0000.5701) de acordo com a resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos. Todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. 55 idosos (idade ≥ 60 anos) não treinados, foram selecionados para participar deste estudo. Os critérios de elegibilidade incluíram: a) ser idoso; b) sem experiência prévia com exercício nos últimos 2 meses; c) não apresentar doenças osteomioarticulares que impedissem a realização dos testes; d) limitações audiovisuais (catarata, labirintite); e) realizar os testes e retestes. Foram excluídos os participantes com limitação nos movimentos de membros inferiores, ou que utilizam algum equipamento para o auxílio na marcha (ex. bengala, andador e muleta) ou possuíam algum tipo de lesão prévia em áreas diretamente relacionadas aos membros inferiores e superiores. Para a avaliação foi realizada uma sessão de familiarização para reduzir o efeito de aprendizagem (learning effect). Após 48 horas, foram realizados os testes do protocolo original da bateria Rikli & Jones (1999), no qual foi empregado o teste Timed Up and Go (TUG), Força de Preensão Manual Direita (FPMD), Sentar e Levantar (SL) e o teste de caminhada de 6 minutos. Após 48h foi realizado o teste de Força Isométrica dos Extensores de Joelho (FIEJD) com dinamômetro portátil e posteriormente o reteste (48h).
Análise estatística: O teste Shapiro-Wilk foi utilizado para observar a normalidade dos dados. Foi utilizado a correlação de Spearman para avaliar a correlação entre o TUG e as demais variáveis. O software utilizado foi o SPSS versão 20.0 (Somers, NY, USA) com nível de significância aceite de p ≤ 0,05.