Resumo

As quedas em idosos representam um importante desafio global devido à sua alta prevalência e impacto na saúde pública (WHO, 2021). As quedas têm etiologia multifatorial e a fraqueza muscular é um fator de risco significante. A Organização Mundial da Saúde estimou que indivíduos com fraqueza muscular são cinco vezes mais propensos as quedas quando comparados com indivíduos com força muscular normal (WHO, 2021).

Objetivo: Examinar a associação entre o teste timed up and go com as capacidades física-funcionais de idosos.

Métodos: Esta pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética em pesquisa (CAAE: 04239518.5.0000.5701) de acordo com a resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos. Todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. 55 idosos (idade ≥ 60 anos) não treinados, foram selecionados para participar deste estudo. Os critérios de elegibilidade incluíram: a) ser idoso; b) sem experiência prévia com exercício nos últimos 2 meses; c) não apresentar doenças osteomioarticulares que impedissem a realização dos testes; d) limitações audiovisuais (catarata, labirintite); e) realizar os testes e retestes.   Foram excluídos os participantes com limitação nos movimentos de membros inferiores, ou que utilizam algum equipamento para o auxílio na marcha (ex. bengala, andador e muleta) ou possuíam algum tipo de lesão prévia em áreas diretamente relacionadas aos membros inferiores e superiores. Para a avaliação foi realizada uma sessão de familiarização para reduzir o efeito de aprendizagem (learning effect). Após 48 horas, foram realizados os testes do protocolo original da bateria Rikli & Jones (1999), no qual foi empregado o teste Timed Up and Go (TUG), Força de Preensão Manual Direita (FPMD), Sentar e Levantar (SL) e o teste de caminhada de 6 minutos. Após 48h foi realizado o teste de Força Isométrica dos Extensores de Joelho (FIEJD) com dinamômetro portátil e posteriormente o reteste (48h).

Análise estatística: O teste Shapiro-Wilk foi utilizado para observar a normalidade dos dados. Foi utilizado a correlação de Spearman para avaliar a correlação entre o TUG e as demais variáveis. O software utilizado foi o SPSS versão 20.0 (Somers, NY, USA) com nível de significância aceite de p ≤ 0,05.