Correlação entre potência de membros inferiores, flexibilidade da cadeia posterior, e a diferença no índice de massa corporal de jovens adolescentes jogadores de futebol de diferentes posições
Por DP Silva (Autor), ATN Viana (Autor), GV Keulen (Autor), MR Dias (Autor).
Resumo
Diferentes posições táticas exercidas durante um jogo de futebol podem desempenhar distintas potências máximas, flexibilidade de membros inferiores, e índice de massa corporal nos jogadores.
Objetivo: Correlacionar à potência de membros inferiores e a flexibilidade da cadeia posterior de jovens adolescentes jogadores de futebol com as diferentes posições; além de analisar as diferenças no índice de massa corporal (IMC) dos mesmos.
Metodologia: A amostra foi composta por 12 adolescentes (14,7 ± 1,2 anos; 54,3 ± 9,0 kg; 1,66 ± 0,08 m), do gênero masculino, praticantes de futebol. Os testes foram realizados em dois dias não consecutivos, na qual a amostra foi dividida em dois grupos por posicionamento dentro de campo: laterais e meio- campistas. Foi realizado um teste de salto vertical para estimar a potência máxima de membros inferiores e um teste de sentar e alcançar para estimar a flexibilidade da cadeia posterior, além da mensuração do peso e altura, para cálculo do índice de massa corporal. Como análise estatística realizou-se o teste Pearson intra grupos, cujo nível de significância foi de p<0,05.
Resultados: Houve diferença significativa na massa corporal total e no índice de massa corpórea (IMC), sendo menores no grupo dos meio-campistas do que nos laterais. Não houve diferença significativa entre os grupos em relação à potência de membro inferior e a flexibilidade de cadeia posterior. No entanto, o presente estudou mostrou que não houve correlação entre as variáveis no grupo dos laterais, enquanto no grupo dos meio-campistas foi observada uma relação forte de r=0,96.
Conclusão: Conclui-se com o presente estudo que os meio-campistas possuem menor índice de massa corporal (IMC) que os laterais. No entanto, mesmo sem diferença significativa (p<0,05) entre a potência de membro inferior e a flexibilidade de cadeia posterior, sugere-se estudos com outros protocolos e grupos maiores, além de um treinamento mais específico para atender a necessidade de cada função tática ocupada por determinado jogador.