Correlação entre Potência Muscular e Desempenho no Ranking Brasileiro dos Atletas de Vela da classe Optimist
Por Ana Luiza Rêgo Dias (Autor), Paula Cristina Alves Araujo (Autor), Ciro Oliveira Queiroz (Autor), Daniell Lima Costa Muniz (Autor), Diego Fernandez Romero (Autor).
Em 47º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
Potência muscular é a capacidade de gerar força rapidamente, sendo imprescindível principalmente nos esportes de alto rendimento. Na vela, porém, outras habilidades têm sido consideradas mais importantes para o desempenho, como a técnica, tática, regulagens e conhecimento sobre fatores meteorológicos. Assim, a literatura é escarça sobre a relevância da potência muscular para a prática da vela, em particular na classe Optimist. Objetivo: Verificar a correlação entre potência muscular e o posicionamento dos atletas no ranking brasileiro do Campeonato Seletiva 2024. Métodos: Foram selecionados velejadores da classe Optimist, idade 8-15 anos, inscritos no Campeonato Seletiva 2024 e em condições físicas para a realização dos testes. Foram coletados os dados de sexo, idade, peso, altura, potência de membros inferiores e superiores, e posição no ranking brasileiro. A potência muscular de membros inferiores foi avaliada por meio do teste de salto vertical com contra movimento, utilizando a plataforma Jump System da Cefise, para obter os dados da altura do salto e da potência relativa (watts). A potência muscular de membros superiores foi avaliada por meio do teste de arremesso de medicine ball. A maior distância (m) em 3 tentativas foi utilizada como o dado da potência. As estatísticas descritivas e as análises de correlação de Spearman foram conduzidas no SPSS versão 21. O nível de significância adotado foi de 5%. Os resultados estão apresentados como média±desvio padrão ou frequência % (n). Resultados: A amostra foi composta por 60 voluntários, 70% (42) do sexo masculino, idade 12,6±1,3 anos, IMC 18,9±2 kg/m2, altura 1,5±0,1 m, peso 48,3±8,9 kg, altura do salto 27,4±5,8, potência relativa 36,5±8,3 watts e potência de membros superiores 4,2±0,9 m. As análises de correlação demonstraram uma associação inversa, porém fraca, entre o desempenho no ranking e a média da altura do salto (rho=-0,11, p=0,41) e a potência relativa de membros inferiores (rho=-0,129, p=0,334), bem como com a potência de membros superiores (rho=-0,217, p=0,105). Conclusão: Os resultados encontrados demonstraram que não houve correlação significativa entre a potência muscular dos membros inferiores e superiores e o desempenho no ranking brasileiro dos atletas de vela da classe Optimist.