Correlação Entre Qualidade de Vida e Distúrbios Osteomusculares Relacionados Ao Trabalho em Mineiros
Por Milena Nunes Alves de Sousa (Autor), Branca Maria de Oliveira Santos (Autor), José Eduardo Zaia (Autor).
Em Revista Brasileira de Qualidade de Vida v. 8, n 1, 2016. Da página 1 a 15
Resumo
OBJETIVO: Verificar a existência de correlação entre qualidade de vida e distúrbios osteomusculares em trabalhadores informais da mineração da região do Seridó paraibano. MÉTODOS: Participaram do estudo 371 trabalhadores informais da mineração, os quais responderam a um Questionário Demográfico e Bio-Socioeconômico, ao Medical Outcomes Study 36-Item Short-Form Health Survey (SF-36) e ao Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares, analisados a partir de métodos de estatística descritiva e inferencial (nível de significância igual a 5,00%). RESULTADOS: A maioria da força de trabalho encontrada foi composta por trabalhadores do sexo masculino (93,00%), com idade média de 36,56 anos. Entre os domínios de qualidade de vida, a capacidade funcional apresentou a maior pontuação (92,03 pontos) e a vitalidade a menor (69,26 pontos). Os distúrbios osteomusculares mais evidenciados estavam relacionados à região lombar com média de 0,70±0,95 pontos. Os domínios ligados aos aspectos físicos (capacidade funcional, aspectos físicos e dor) apresentaram correlações significativas e negativas com todas as regiões avaliadas de distúrbios osteomusculares (variações entre ρ=-0,36; p<0,01 a ρ=-0,13; p<0,01). CONCLUSÕES: Foi observada correlação negativa e significativa entre os domínios de qualidade de vida e a sintomatologia osteomuscular, em que os sintomas osteomusculares foram fatores redutores da qualidade de vida dos trabalhadores informais da mineração.