Correlação entre sarcopenia e consumo proteico de idosos em Ouro Preto (MG)
Por Simone Cristina de Araújo (Autor), Lenice Kappes Becker (Autor), Emerson Cruz de Oliveira (Autor), João Batista Ferreira Júnior (Autor), Izinara Rosse da Cruz (Autor), Ana Carolina da Silva (Autor), Alessandro Rodrigo Pedrosa Maia (Autor), Izabela Silva Coelho (Autor), Daniel Barbosa Coelho (Autor).
Em Revista Brasileira de Ciência & Movimento v. 32, n 1, 2024.
Resumo
A ingestão insuficiente de proteínas é um fator de risco para a sarcopenia em idosos, com risco de desfechos adversos à saúde. A nutrição adequada tem sido apontada como estratégia de prevenção e manejo dessa condição. O objetivo do estudo foi analisar a correlação entre parâmetros diagnósticos de sarcopenia e o consumo proteico de idosos em Ouro Preto, MG. Foram analisados 151 idosos (112 mulheres e 39 homens). Peso, altura, índice de massa corporal (IMC) e índice de massa muscular (IMM) foram mensurados. O desempenho físico foi avaliado pela velocidade de marcha (VM) em 4 metros e pelo Teste de levantar e sentar da cadeira, e o consumo alimentar foi obtido por recordatório alimentar de 24h. Para análise estatística foi usada correlação de Pearson para dados normais e de Spearman para dados não normais. Observou-se correlação negativa entre o consumo de proteína e o IMC (r = -0,422; p < 0,001), percentual de gordura corporal total (GCT) (r = -0,318; p < 0,001) e desempenho no teste de levantar e sentar da cadeira (r = -0,179; p = 0,013); e correlação positiva entre o consumo de proteínas e o IMM (r = 0,208; p = 0,005). Não foram encontradas correlações significativas entre o consumo proteico e a VM. Conclui-se que o consumo proteico adequado pode otimizar a massa muscular e performance física, influenciando a funcionalidade, saúde e bem-estar na terceira idade. A fonte e distribuição das proteínas, bem como associação de exercícios físicos contribui para os efeitos observados.