Resumo

O objetivo desse estudo foi relacionar variáveis cinemáticas do movimento propulsivo com a capacidade de desenvolver potência na cadeira de rodas. Foram avaliados 5 participantes adultos, sem deficiência e qualquer limitação articular, submetidos a um período de aquecimento de duração de dois minutos para a obtenção da frequência livre de propulsão (FCF). Em seguida passaram por um protocolo de cinco minutos em uma frequência a 150% da FCF. Os dados cinemáticos foram coletados durante os últimos dez segundos de cada minuto do protocolo. Foram realizadas correlações a fim de observar o comportamento das interações entre as variáveis. Adotou-se p<0.05. Como principais resultados não foram observados correlações significativas no primeiro minuto do protocolo para nenhuma das variáveis selecionadas. No segundo minuto houve correlações altas e significativas entre as variáveis ângulo do tronco e ângulo de impulsão (r=0.89) e entre tempo de impulsão e ângulo de tronco (r=-0,91). No terceiro minuto observou-se correlações altas e significativas entre ângulo de impulsão e ângulo de cotovelo (r=-1,00) e entre a potência e o tempo de impulsão (r=-0,90). No quarto minuto houve correlação alta e significativa entre ângulo de cotovelo e ângulo de tronco (r=-0,88). No quinto minuto foram observadas correlações altas e significativas entre potência e tempo de impulsão (r=-0,90) e ângulo de cotovelo e tempo de impulsão (r=-0,90). Em suma, dentre as variáveis cinemáticas estudadas o tempo de impulsão parece exercer uma forte influência na potência resultante no movimento de locomoção em cadeiras de rodas.

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