Correlações Entre Massa Muscular Estimada Por Impedância Bioelétrica, e Antropometria, Composição Corporal, Força, e Aptidão Cardiorrespiratória
Por Fábio Marcon Alfieri (Autor), Natália Cristina de Oliveira (Autor), Leslie Andrews Portes (Autor), Cristiano Franco Vitorino (Autor).
Em 43º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
Introdução: A força e a massa muscular (SM) são determinantes do desempenho na maioria das modalidades esportivas; e no cotidiano, são determinantes para a saúde e independência funcional. Há carência de dados brasileiros sobre a utilização da SM estimada pela impedância bioelétrica (BIA) e as correlações entre SM, parâmetros antropométricos, composição corporal, e aptidão física (força e consumo máximo de oxigênio – VO 2 máx.). Objetivo: Correlacionar (r) a massa muscular estimada pela BIA, à aspectos antropométricos de composição corporal e aptidão física. Método: 1.024 indivíduos (de 18 a 80 anos), 24% homens e 76% mulheres, aparentemente saudáveis, sedentários, fisicamente ativos, bem treinados e atletas, inclusive medalhistas brasileiros, olímpicos e mundiais, realizaram BIA, antropometria, testes de força isométrica para 5 grupos musculares e teste de VO 2 máx. As equações se basearam em Janssen et al. (2000): SM (kg) = (Estatura / Biorresistência x 0,401) + (Sexo x 3,825) – (Idade x 2 0,071) + 5,102, onde sexo masculino = 1 e sexo feminino = 0. Calculou-se o índice de massa muscular (SMI (kg/m ) = SM ÷ Estatura em metros) e a SM relativa (SM%). A 2 2 musculosidade também foi estimada pela equação de Matiegka (1921) e áreas do braço e da coxa. Foram determinados os coeficientes de correlação de Pearson e seus respectivos níveis de significância (p<0,001). Resultados: Todos os coeficientes de correlação apresentados, relativos à adiposidade, diâmetros ósseos, perímetros dos segmentos, composição corporal por diferentes métodos antropométricos, e de força e aptidão cardiorrespiratória, variaram de moderados a muito fortes (Tabela 1). Como esperado, as correlações entre SM e SM% vs. idade foram negativas, indicando redução da massa muscular com o envelhecimento. SM e SM% foram inversamente correlacionados à adiposidade corporal (S7DC e %G). SM, SM% e SMI foram positivamente correlacionados aos diâmetros ósseos, perímetros dos segmentos corporais, áreas do braço contraído e da coxa, massa magra e massa muscular estimados por outros métodos, bem como à força de 5 grupos musculares diferentes e ao VO 2 máx. Conclusões: Os resultados de SM, SM% e SMI se correlacionam moderada a fortemente com medidas antropométricas, de força, e aptidão cardiorrespiratória. Tais estimativas parecem apropriadas para utilização no esporte, avaliação nutricional e saúde.