Resumo

O salto com contramovimento (CMJ) é usualmente usado como ferramenta de mo-nitoramento de fadiga e prontidão. Não é claro, entretanto, se deve ser usada como parâmetro a medida prévia ao estímulo (CMJp) ou a diferença entre as médias da prévia e o valor de base (CMJd) na expectativa de resposta em estímulos de alta intensidade. Objetivo: Relacionar a medida de CMJp e CMJd com a frequência cardíaca média (FCmed), máxima (FCmáx) e percepção de esforço (PE) em corrida de alta intensidade. Métodos: Utilizou-se um ensaio clínico não ran-domizado com nove corredores amadores (Idade: 27,89 ± 7,79 anos; VO2max: 51,53 ± 2,57 ml/min). O estudo foi dividido em duas etapas: caracterização da amostra e teste de CMJ base (CMJb), 48 horas depois os mesmos participantes realizaram o CMJp seguido de corrida em intensidade máxima (5 minutos) na maior velocidade possível. FCmed, FCmáx e PE foram monitorados durante a corrida. CMJd foi estabelecido como a diferença entre as médias (CMJp – CMJb). VO2máx foi esti-mado a partir da velocidade média da corrida (VO2máx = 3.23*v5 + 0.123). Realizou-se uma análise descritiva (média ± desvio padrão), teste de normalidade Saphiro-Wilk e correlação de Pearson. O nível de significância adotado foi de 0,05. Resultados: CMJb descrito foi de 29,27 ± 5,22 cm. CMJd (- 0,46 ± 3,36 cm) apresentou alta correlação negativa com FCmed e FCmáx (r = - 0,759 e r = - 0,829; p = 0,018 e p = 0,006; respectivamente); ao contrário da CMJp ( 28,80 ± 4,57 cm; r = 0,165 e r = 0,11 ; p > 0,6). Nenhuma das duas apresentou significância para PE. Conclusão: Corredores com maior magnitude de CMJd, e não os com maiores valores estritamente de CMJ, tendem a apresentar uma menor resposta de frequência cardíaca mesmo em esforço máximo

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