Resumo

Tendo como objeto de estudo a Educação Física Escolar, este trabalho objetivou discutir a relação corpo e aprendizagem a partir de uma experiência pedagógica realizada em uma escola pública. No tocante aos procedimentos metodológicos, nosso estudo caracterizou-se como uma pesquisa do tipo etnográfico, na qual utilizamos como técnicas de pesquisa a observação participante e a entrevista. O trabalho está estruturado em quatro capítulos. No primeiro capítulo, intitulado Métodos de Ensino e Educação Física: reflexões sobre o corpo , procuramos analisar e discutir a concepção de corpo presente nas abordagens críticas para o ensino da Educação Física. No segundo capítulo, intitulado Corpo e Aprendizagem na Educação Física Escolar procuramos situar como o corpo vem sendo tratado no processo educacional discutindo as concepções de corpo presentes na Educação e na Educação Física, a partir das reflexões de Dias (2002), Nóbrega (2000), Soares (2001), entre outros; como também, procuramos situar a aprendizagem enquanto um processo corporal e em constante reconstrução, evidenciando as concepções defendidas por autores como Hugo Assmann (1996 e 1998), Maturana e Varela (2001), entre outros. No terceiro capítulo, intitulado O Corpo em movimento... , apresentamos a experiência pedagógica realizada na escola e discutimos a aprendizagem e desenvolvimento de valores ético-morais, como o ritmo pode ser trabalhado nas aulas de Educação Física e, evidenciamos importância da descoberta das possibilidades corporais e o conhecimento do próprio corpo, através da experiência corporal. O quarto capítulo foi destinado às considerações finais, concluímos que a aprendizagem enquanto um processo corporal e resultante das interações construídas historicamente entre o sujeito e o mundo, possibilitou aos alunos aprenderem bem mais que gestos motores mas, sobretudo, a trabalhar em grupo, a dialogar, a respeitar as diferenças, a conviver com o outro. No tocante ao atletismo, além de gestos técnicos, seu histórico, regras, e provas, os alunos aprenderam que é possível vivenciar um esporte sem que as regras do sobrepujar e das comparações sejam a tônica principal
 

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