Crescimento Físico e Adiposidade Corporal de Escolares
Por Adair da Silva Lopes (Autor), Carmem Cristina Beck Dummel (Autor), Tatiane Rieger (Autor), Ilca Maria Saldanha Diniz (Autor).
Em Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v. 8, n 2, 2006. Da página 32 a -
Resumo
O crescimento físico pode ser avaliado por meio de variáveis antropométricas, as quais permitem a verificação das modificações dos componentes corporais, como a estatura, a massa corporal e o percentual de gordura corporal. Este estudo objetivou comparar o crescimento físico e a adiposidade corporal de escolares, de 8 a 11 anos de idade, do município de Ijuí – RS com referências nacionais e internacionais. A amostra foi constituída de 694 escolares (319 do sexo masculino e 375 do sexo feminino). As escolas foram selecionadas por acessibilidade, considerando três regiões (centro, norte e sul) e aquelas com maior número de alunos matriculados. Foram analisadas as variáveis de crescimento físico (estatura, massa corporal e IMC), as quais foram comparadas com tabelas normativas construídas a partir dos estudos com crianças americanas (NCHS) e sergipanas. A adiposidade corporal foi estimada por meio da equação de regressão de Lohman. Utilizou-se a estatística descritiva e o teste “t” para comparação de uma média com um valor de referência, com nível de significância de p<0,05. Os resultados demonstraram que, de modo geral, os escolares de Ijuí apresentaram valores de estatura, massa corporal e IMC superiores aos das crianças americanas e Sergipanas, exceto para o sexo feminino nas idades de 9 e 11 anos e, no sexo masculino, na idade de 10 anos na variável estatura. Percebeu-se, ao classificar os índices de adiposidade, em ambos os sexos, que a maioria dos escolares de 8 a 11 anos encontravam-se no nível considerado adequado para a saúde. Entretanto, constatou-se, para o sexo masculino, nas idades de 9 e 11 anos, que um percentual considerável apresentou excesso de gordura corporal (32,3% e 31,7%, respectivamente). Para o sexo feminino este percentual foi maior nas idades de 8 e 11 anos (33,9% e 39,7%, respectivamente). Concluiu-se que quase um terço dos meninos e das meninas apresentaram excesso de gordura corporal. Recomenda-se cautela na utilização de tabelas normativas de outros países ou outras regiões.