Resumo

Este estudo teve como objetivos comparar: o crescimento físico através da massa corporal (MC), estatura e índice de massa corporal (IMC) entre os gêneros e os níveis sócio-econômicos (NSE) por idade; a aptidão físicarelacionada à saúde (AFRS) entre os gêneros e os NSE; a AFRS por gênero e NSE com os critérios-referenciado propostos pela AAHPERD (1988). A amostra foi composta por 191 rapazes e 212 moças, com idades entre 14,49 e 17,50 anos, auto-avaliada nos estágios 4 ou 5 de TANNER (1962), estudantes das redes pública e particular de Luís Eduardo Magalhães - BA. A classificação sócio-econômica foi feita pelo questionário da ANEP (1996), adaptado para os NSE alto, médio e baixo. Os componentes da AFRS foram mensurados pelos respectivos testes: gordura corporal (somatório da dobras cutâneas tricipital e panturrilha); aptidão cardiorrespiratória (correr/caminhar 1600m); força/resistência muscular da parte inferior do tronco (abdominal em 1 min); força/resistência muscular da parte e superior do tronco e braços (barra modificada) e flexibilidade (sentar e alcançar). A análise dos dados foi feita através da estatística descritiva, análise de variância one-way e o teste de post-hoc de Scheffé (p < 0,05). Os resultados obtidos indicaram que em todas as idades os rapazes apresentaram a MC e a estatura significativamente maiores (p < 0,05) que as moças, e o IMC aos 17 anos. Os rapazes dos NSE alto e médio apresentaram a MC significativamente maior (p < 0,05) em relação ao NSE baixo, aos 15 e 17 anos, respectivamente. Os rapazes de 17 anos, dos NSE alto e médio, e as moças de 15 anos, do NSE médio, apresentaram maiores (p < 0,05) estaturas do que os respectivos pares do NSE baixo. A AFRS dos rapazes foi melhor (p < 0,05) que a das moças; e, os rapazes do NSE alto são mais gordos do que os rapazes dos NSE médio e baixo. Aproximadamente 94% dos rapazes e 97% das moças não atenderam aos

critérios-referenciado. Portanto, conclui-se que: os rapazes tendem a crescer mais do que as moças; estes diferem significativamente (p < 0,05) das moças na AFRS e, os diferentes NSE parecem não influenciar esta; o crescimento físico pode ter sido influenciado negativamente pelo baixo NSE; somente 6% dos rapazes e 3% das moças não estão
expostos ao possível desenvolvimento de doenças crônicas não-transmissíveis devidas à baixa AFRS.

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