Resumo


O conhecimento é um dos aspectos relevantes da gestão das organizações de diferentes setores, com impacto na maximização dos recursos organizacionais. Apesar do tema Criação do Conhecimento obter o reconhecimento no mercado organizacional como fonte valiosa de vantagem competitiva, ele ainda é incipiente e pouco explorado na gestão das entidades esportivas. Em termos de produção científica, a partir de 2016 há um crescente interesse de estudiosos de outros países sobre criação e a gestão do conhecimento no segmento das organizações e em eventos esportivos, entretanto no Brasil o tema é pouco explorado. Tendo em vista este cenário, a questão norteadora da pesquisa foi: como é realizado o processo de Criação do Conhecimento e como esse conhecimento é compartilhado nas organizações esportivas? O estudo se caracteriza como pesquisa descritiva e predominantemente como de abordagem quantitativa. Foram estudadas 27 federações paulistas olímpicas, através da aplicação de questionário composto, além do Perfil do ambiente de estudo; por blocos que correspondem as categorias do processo de criação do conhecimento analisadas: Processo de Criação do Conhecimento; Fluxos de informação e conhecimento; Condições e fatores que atuam na Criação do Conhecimento; Ferramentas no apoio à Criação do Conhecimento, e Conhecimento, aprendizagem e comunicação. Os sujeitos da pesquisa foram gestores e funcionários administrativos das entidades de diferentes níveis hierárquicos. Os resultados obtidos de 48% das federações respondentes revelaram que a criação de conceitos é realizada com maior frequência em reuniões formais e informais, seguido das experiências adquiridas na realização e organização dos eventos, também, ouvindo os filiados e demais agentes entre eles os técnicos, atletas, confederação brasileira da modalidade, árbitros, entre outros. Entretanto, o mesmo não se aplica no relacionamento com os órgãos governamentais, visando importar conhecimento. Com relação as decisões a serem tomadas, são realizadas por meio de dados anteriores que permitem prever tendências e planejar cenários futuros, o que pode ser identificado no investimento em melhoria de sistemas de TI. Os treinamentos são oferecidos em sua grande maioria para seu público externo, e os relativos aos recursos humanos do ambiente interno são realizados por iniciativa própria. Menos da metade dos respondentes afirmaram que os colaboradores possuem autonomia com liberdade de ações para decisões, assim como são estimulados a desafios, a serem proativos e ambiciosos. As equipes internas de trabalho contendo colaboradores de outras áreas foi confirmada por metade dos respondentes e praticamente não existe o rodízios de funções. Os resultados permitem supor que não existem ações ou programas voltados à Criação e ao Compartilhamento do Conhecimento. A análise dos resultados sugerem a necessidade de "mudança" na cultura organizacional, nas rotinas estabelecidas, que demonstram estar estandardizadas nas organizações estudadas. São apontadas as limitações e sugestões para analisar aspectos não contemplados nesta pesquisa
 

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