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Recentemente, o Ministro Chefe da Casa Civil, Carlos Marun, recebeu personalidades do esporte e prometeu que o governo estudaria a revogação dos dispositivos da Medida Provisória 841, que retirou recursos fundamentais do esporte, especialmente das entidades formadoras. Se mantida, a Medida Provisória em questão é a sentença de morte ao esporte brasileiro.

O desejo do governo em combater a criminalidade com eficácia é correto. Mas isso deve ocorrer pelos meios apropriados, estabelecendo-se uma política nacional de longo prazo, de combate à violência e promoção da segurança pública. E não há política vitoriosa de combate à segurança que não esteja atrelada ao estímulo à prática esportiva. O prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani, combateu, com sucessso, a criminalidade naquela cidade implantando o acertado programa de “tolerância zero”, que obteve excelentes resultados. O que pouca gente no Brasil sabe, é que fazia parte do programa de combate ao crime instituído pelo prefeito Giuliani o incentivo à prática esportiva. Determinou o prefeito que as praças públicas de esporte em Nova York fossem renovadas e ficassem abertas em horários alternativos, até mais tarde, com segurança, de modo a atrair a população dos bairros com maiores índices de criminalidade a praticar esportes. Os locais públicos para praticar esportes passaram a funcionar vinte quatro horas por dia. O que se viu foram pessoas, famílias, atraídas para o esporte em horários noturnos.

Os índices de criminalidade em Nova York cairam dramaticamente e o esporte teve seu papel essencial nisso. Aliás, essa política de manter abertos os centros públicos de prática esportiva em horários noturnos é algo que há muitos anos defendo que seja adotado nas grandes cidades do Brasil, como mais um elemento de combate à criminalidade.

Não existe combate ao crime sem incentivar o esporte, as artes e a educação.

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