Crioterapia em Modelo de Compressão do Nervo Isquiático: Análise Funcional e Morfológica
Por Jhenifer Karvat (Autor), Lizyana Vieira (Autor), Camila Mayumi Martin Kakihata (Autor), Juliana Sobral Antunes (Autor), Lucinéia de Fátima Chasko Ribeiro (Autor), Rose Meire Costa Brancalhão (Autor), Gladson Ricardo (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 24, n 1, 2018. Da página 54 a 59
Resumo
Introdução: A crioterapia é uma modalidade terapêutica que visa reduzir processos álgicos e inflamatórios, sendo que a imersão é considerada a forma mais eficaz; no entanto, a literatura apresenta possíveis efeitos deletérios com relação à aplicação da crioterapia em nervos superficiais. Objetivo: Avaliar o efeito da crioterapia em modelo experimental de compressão do nervo isquiático em ratos Wistar, por meio de análise funcional e morfológica. Métodos: Foram utilizados 42 ratos, sendo seis animais por grupo: G1 – controle, submetido à eutanásia no 15º dia de pós-operatório (PO); G2, G3 e G4 – submetidos à compressão do nervo isquiático, submetidos à eutanásia no 3º, 8º e 15º dias de PO, respectivamente; G5, G6 e G7 – submetidos à compressão do nervo isquiático e tratados com crioterapia, submetidos à eutanásia no 3º, 8º e 15º dias de PO, respectivamente. As avaliações do índice funcional do isquiático (IFC) e do teste de incapacidade funcional aconteceram nos momentos pré-lesão, no 2º de PO e no dia da eutanásia em cada grupo com lesão. Após o período de intervenção, os animais foram devidamente anestesiados e o nervo isquiático distal ao procedimento de compressão foi dissecado e coletado para análise morfológica. A análise estatística foi realizada pelo teste de ANOVA mista, com nível de significância de 5%. Resultados: Houve diminuição do IFC após a lesão e o teste de incapacidade funcional mostrou aumento do tempo de elevação da pata. Com relação à análise morfológica, o G1 apresentou fibras nervosas com aspecto normal e nos grupos com lesão houve degeneração nervosa, sendo que o G6 teve uma discreta recuperação das fibras nervosas, além de leve regeneração no G4 e G7. Conclusão: A crioterapia não foi eficaz para recuperar os parâmetros funcionais analisados, entretanto, houve discreta melhora dos aspectos morfológicos do grupo submetido à eutanásia no 8º dia de PO. Nível de Evidência II; Estudos terapêuticos – Investigação dos resultados do tratamento.