Critérios de Julgamento em Campeonatos Internacionais de Surfe Profissional
Por Rosemeri Peirão (Autor), Saray Giovana dos Santos (Autor).
Em Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v. 14, n 4, 2012. Da página 439 a -
Resumo
Este estudo objetivou verificar a relação entre as notas dos árbitros com variáveis representantes dos critérios de julgamento do surfe. Para tanto, foram filmadas e analisadas 164 ondas surfadas por 21 atletas em duas etapas brasileiras do ASP World Tour (2007 e 2010). Foram utilizados a estatística descritiva e os testes de Kolmogorov Smirnov, teste ‘t’ de Student, Anova (one-way), Post Hoc de Tukey e Pearson (p≤0,05). Foram observadas diferenças significativas entre as notas das ondas com dropes ruins, bons e excepcionais (p≤0,05), e entre as notas das ondas finalizadas de maneira controlada, com queda na principal seção da onda (PSO), e com queda após a PSO (p≤0,001). Foi observada correlação significativa (p≤0,05) entre a nota e as variáveis: frequência de desequilíbrio (r=-0,30), percentual de manobras realizadas na parte crítica da onda (r=0,68), variedade de manobra (r=0,62), frequência das manobras rasgada (r=0,51), batida (r=0,43), floater (r=0,23) e cut-back (r=0,27), duração da onda (r=0,76) e frequência total de manobras (r=0,79) para o ASP World Tour 2007; percentual de manobras realizadas na parte crítica da onda (r=0,34), variedade de manobra (r=0,70), frequência das manobras rasgada (r=0,46), batida (r=0,51), cut-back (r=0,30) e aéreo (r=0,30), duração da onda (r=0,71) e frequência total de manobras (r=0,75) para o ASP World Tour 2010. Os resultados permitiram concluir que todos os critérios utilizados pelos árbitros avaliados neste estudo se correlacionaram significativamente com as notas no ASP World Tour 2007 e 2010, com exceção da frequência de desequilíbrios na segunda competição.