Resumo

RESUMO
Introdução:

A participação feminina no esporte atingiu um marco em 1972, quando uma emenda foi implementada para garantir oportunidades iguais para homens e mulheres. Desde então, a porcentagem de participantes competitivas cresceu. Em 1992, foi feita uma associação entre três distúrbios relacionados a mulheres atletas denominadas “Tríade da Mulher Atleta”. Depois disso, muito tem sido estudado sobre essa e outras particularidades das atletas.

Objetivo:

Identificar os profissionais que acompanham atletas Olímpicas brasileiras e associar a abordagem multidisciplinar e o conhecimento das atletas sobre questões ginecológicas relacionadas à prática esportiva, ou seja, tríade da mulher atleta, incontinência urinária e controle de peso.

Métodos:

Este estudo observacional foi realizado no Rio de Janeiro, Brasil, em 2016, durante os Jogos Olímpicos. Incluiu 120 mulheres das seleções brasileiras. Um questionário autoaplicável, validado e adaptado utilizado para avaliação pré-participação ginecológica, foi utilizado para avaliar seus acompanhamentos multidisciplinares, preocupações com o controle de peso e conhecimento sobre a Tríade de Atleta Feminina e incontinência urinária.

Resultados:

Os atletas praticaram 28 esportes diferentes. Para 66%, era a primeira participação em uma Olimpíada, 56% desconheciam a tríade da mulher atleta, 77% referiram preocupação com o peso e 52% estavam fazendo dieta. O uso de diuréticos ou laxantes ou êmese foi relatado por 11%; 67,5% sabiam que o esporte é um fator de risco para incontinência urinária e 40% já haviam experimentado perda de urina. A diminuição do desempenho esportivo foi mencionada por 31%. Muitas atletas apresentaram acompanhamento multidisciplinar psicológico (83%), nutricional (96%) e ginecológico (83%).

Conclusão:

As atletas olímpicas brasileiras buscaram acompanhamento multidisciplinar durante o ciclo olímpico; no entanto, o conhecimento dos participantes sobre questões relacionadas ao esporte permanece limitado. Um programa de orientação sobre informações específicas sobre as condições acima é necessário para as atletas e profissionais que trabalham com essas para melhorar a saúde e desempenho. Nível de Evidência IV; Estudo observacional transversal

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