Resumo

Trata de um aspecto importante para a prática pedagógica da EF: a relação possível entre o ofício de professor e o objeto de ensino, após as reformulações nas propostas progressistas. A ideia de “cultura corporal de movimento” não resolve a contradição de tomar as práticas corporais como substrato da conscientização sobre a condição humana ou engendrar as práticas corporais como forma de resistir à dominação. Busca o conceito de práticas corporais para tensionar a ideia de que há um intercâmbio direto de sentido entre corpo e cultura. Para isso, analisamos como praticantes de Futebol Freestyle se organizavam quando a prática se destacava como algo diferente do futebol através da análise de um fórum, evidenciando processos de subjetivação; e analisamos obras que tratam especificamente do tema. Entendemos que as práticas corporais apresentam imanência material, o que pode ser um caminho para as práticas pedagógicas da EF.

Referências

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