Resumo

Este trabalho apresenta-se com a temática: Cultura Lúdica: conformismo e resistência nas brincadeiras infantis na escola, cujos objetivos pautaram-se em descrever e analisar como as crianças entre 6 e 7 anos de idade matriculadas no 1º Ciclo do Ensino Fundamental expressam em suas vivências de brincadeiras a dinâmica da cultura lúdica e sua relação com as estratégias e táticas de controle e resistência que podem existir e atuar sobre as crianças na escola. De forma específica, identificar as brincadeiras infantis realizadas entre as crianças do 1º Ciclo do Ensino Fundamental; registrar atitudes de permissão, controle, proibição das brincadeiras infantis nos diversos espaços de convivência infantil na escola; apontar estratégias de resistência infantil ao ordenamento instituído pela cultura escolar. A metodologia de estudo adotada foi de caráter qualitativo com pesquisa bibliografia e de campo, cuja perspectiva histórico-social permitiu abordar as questões relativas as brincadeiras infantis e os sujeitos em contexto, os procedimentos envolvidos corresponderam as especificidades da pesquisa com crianças pequenas e envolveram a Observação Participante, as Entrevistas Coletivas e Rodas de Conversas. As análises do material coletado foram realizadas com base no método de Interpretação de Sentidos, o os resultados apontaram para indicativos que comprovam as brincadeiras infantis vivenciadas na escola em sua maioria as brincadeiras populares, estas surgem com força nos momentos de permissão e permanecem latentes quando são proibidas; nos momentos de permissão as brincadeiras pedagógicas, aparecem como trocas de conhecimento entre as crianças e professores, entretanto quando há o controle sistemático dessas brincadeiras, a criança perde sua autonomia e liberdade sobre o que mais sabe fazer, brincar; na impossibilidade de ficarem sem brincar, estas reagem com suas manhas, e fazem uso de suas brincadeiras fora do controle de qualquer adulto ou mesmo professor. Nas brincadeiras infantis há um saber específico que diz respeito a particularidade e forma de ser criança, se potencializadas podem transformar a escola em um espaço de resistência, com vista a uma educação libertadora.

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