Resumo

O Casarão do Valongo, um edifício do século XIX, na zona portuária da cidade de Santos, São Paulo, já foi ocupado pela prefeitura e Câmara Municipal. Na década de 1990 passou por dois incêndios que quase o destruíram por completo. A partir deste ano, no entanto, o velho casarão despertará lembranças mais felizes. Após uma restauração, que durou mais de quatro anos e investimentos de R$ 46 milhões, o casarão vai abrigar o Museu Pelé, cuja inauguração está prevista para o início do mês de junho. Às vésperas da Copa do Mundo de Futebol, o Museu Pelé e outros museus Brasil afora se preparam para receber mais de 600 mil turistas de todo o mundo. Em 2013, o Ministério da Cultura (MinC) anunciou investimento de R$ 20 milhões, por meio do programa "Petrobrás Ministério da Cultura de Museus". O aporte financeiro servirá para reforma e reestruturação de alguns museus no país do futebol adequando-os a essa nova demanda turística. O filósofo e crítico literário alemão, Walter Benjamin (1892-1940), ensina a pensar sobre o conceito de memória e de história como uma experiência, não apenas como a exploração de um passado, mas como um meio, uma vivência. Neste sentido, poderíamos nos perguntar: depois de cinco conquistas brasileiras em Copas do Mundo, já não seria tempo de olhar com mais atenção a memória do futebol como uma experiência da história e da cultura brasileiras? De acordo com informações da Ama Brasil, Organização de Desenvolvimento Cultural e Preservação Ambiental, responsável pela gestão do Museu Pelé, seus objetivos principais são colocar Santos na rota do turismo internacional e preparar a cidade para ser um dos polos brasileiros da Copa do Mundo 2014. O projeto museológico combina uma coleção de objetos do "rei" com acervo fotográfico e digital. O museu terá ainda uma área especialmente dedicada a oficinas para escolas públicas de Santos, jogos interativos e espaço para exposições fotográficas itinerantes.

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