Resumo

Os caminhos percorridos pelos jovens nos espaços do mundo contemporâneo são marcados por diferentes oportunidades na escola, trabalho, lazer e cultura que acabam por estabelecerem normas para suas vidas. Os modos como utilizam os corpos, as tatuagens, piercing, brincos; bonés e arranjos nos cabelos com seus tons e cortes irreverentes, como se vestem, a música, danças, troca de olhares, cumprimentos e os espaços/tempos que dividem na escola e fora dela contribuem para enturmação com seus pares, dão sentidos para suas vidas e nos fornece pistas para a diversidade existentes entre eles. Para tal utilizo minhas experiências como jovem estudante, professor, as vivências nas escolas e as leituras dos autores como CORTI, CATANI, DAYRELL, FREITAS, MCLAREN, PAES, SPÓSITO, TOSTA e outros, para desvendar as contendas no cotidiano escolar que muitas vezes não permite aos jovens sentirem parte integrante do processo educativo. Esta pesquisa tem o objetivo de investigar como o grafite/pichação, capoeira e o grupo zuação se constituindo como culturas dos jovens de uma escola pública da cidade de Belo Horizonte/MG são vivenciadas, compreendidas tendo em vistas as possibilidades e limites de diálogos integrativos com a Educação Física. Utilizo a metodologia qualitativa (LUDKE, 1988;) orientada pelo estudo de caso. Os procedimentos se constituíram de entrevistas, observações, fotografias, conversas individuais e coletivas com os jovens. Fazendo um diálogo entre os mundos das culturas dos jovens e a Educação Física há indicativos da hegemonia dos esportes que se expressam na organização dos currículos e dos espaços destinados para suas vivências. Este processo torna as culturas juvenis como meras coadjuvantes da esportiva.
 

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