Da reivindicação à implementação: O processo de criação do gtt13 relações étnico-raciais do CBCE

Parte de 25 anos dos GTTS do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte: trajetórias e perspectivas . páginas 39 - 51

Resumo

AXÉ As lutas anticoloniais no campo educacional, que muitas vezes foram silenciadas ou apagadas pelo sistema oficial, estão articuladas às lutas de grupos de trabalhos temáticos, associações de pesquisadoras/es e docentes que, nos congressos, seminários, cursos e palestras, usam como temas de estudo as questões que afetam diretamente os povos colonizados. A exclusão do pensamento negro afro-diaspórico e das culturas indígenas, o silenciamento, a discriminação e a negação de suas histórias, culturas, identidades e, principalmente, o vilipêndio dos seus conhecimentos, através de um racismo epistêmico e do epistemicídio (GOMES, 2020; NOGUERA, 2014; CARNEIRO, 2005), constituem mazelas, as quais tornam imperativo o fomento de lutas antirracistas e a descolonização das propostas de currículo, dos grupos hegemônicos de pesquisa, de temas de congressos, palestras, cursos e seminários. Com a área de Educação Física, isso não se apresenta de forma diferente. Desse modo, o presente texto se propõe a narrar três ações do processo de criação e implementação do Grupo de Trabalho Temático Relações Étnico-Raciais (GTT13) do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte (CBCE). Este foi aprovado e oficialmente criado na assembleia do XXII Congresso Brasileiro de Ciências do Esporte (Conbrace) e do IX Congresso Internacional de Ciências do Esporte (Conice) em 2021, realizada em formato remoto, por conta da pandemia de covid-19, e promovido pelo CBCE e pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

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