Resumo

O estudo trata do enfrentamento da pandemia de COVID 19 pelas academias de ginástica. O objetivo foi investigar as práticas de gestão mais utilizadas para enfrentar a crise pandêmica. Para tanto, foi realizada uma pesquisa qualitativa, descritiva com revisão de literatura (GERHARDT; SILVEIRA, 2009). Foram realizadas buscas na Scientific Electronic Library Online (SciELO) e na revista ACAD, por sua relevância destacada no âmbito fitness. O critério de seleção baseou-se na relevância dos textos encontrados analisados com os seguintes critérios: a) discussão central relacionando às academias ao contexto da crise pandêmica; b) conteúdo relacionado à gestão em academias; c) contribuições reais para o desenvolvimento da gestão de academias. Recorreu-se à análise de conteúdo de Bardin (2011), para o aprofundamento da compreensão dos dados obtidos. Como resultados, foram encontrados 2661 artigos científicos. Destes, foram pré-selecionados 24 dos quais 14 participaram da discussão deste trabalho. As descobertas sugeriram que as academias foram impactadas significativamente pelos decretos que determinaram seu fechamento. A falta de preparo e infraestrutura para lidar com crises, bem como a dependência excessiva de atividades presenciais e a falta de diversificação dos serviços oferecidos, contribuíram para a vulnerabilidade do setor. Ficou evidenciado que algumas academias não conseguiram superar a redução de receitas e acabaram encerrando suas atividades, enquanto outras investiram em transmissão de aulas ao vivo ou gravadas e aulas ao ar livre, a fim de manter os clientes engajados e gerar receita, superando a adversidade. As práticas de gestão mais presentes neste contexto foram: planejamento estratégico; gestão de segurança, risco e higiene; gestão financeira; gestão de crise; gestão de pessoas; gestão de recursos humanos; gestão de parcerias e marketing digital; gestão de projetos e tecnologia da informação; e gestão de inovação. Como considerações finais, o estudo revelou o impacto significativo da pandemia nas academias brasileiras. Além da fase de fechamento total, as academias também foram afetadas pela percepção negativa do público em relação aos riscos de contaminação em ambientes fechados e com aglomerações. Aquelas que conseguiram se manter no mercado precisaram reorganizar os espaços para garantir o distanciamento social, implementar medidas de higiene, segurança e buscar maneiras inovadoras de gerarem receita. As práticas de gestão identificadas, não apenas permitiram a sobrevivência, mas também mostraram o caminho para a resiliência e a capacidade de se reinventar das academias.

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