Dança e doença de Parkinson: quais os efeitos na qualidade de vida?
Por Camila Cardozo Möhler (Autor), Marjoe Buratto-Silveira (Autor), Marcela dos Santos Delabary (Autor), Rochelle Rocha Costa (Autor), Luciano Palmeiro Rodrigues (Autor), Aline Nogueira Haas (Autor).
Em Revista Brasileira de Qualidade de Vida v. 13, n 1, 2021.
Resumo
Verificar os efeitos de aulas de dança sobre a qualidade de vida de pessoas com doença de Parkinson.
MÉTODOS: Nove participantes com doença de Parkinson, de ambos os sexos, foram divididos em dois grupos: experimental (GE; n=5; 70,60±8,01 anos) que receberam 15 aulas de dança, durante oito semanas; e, grupo controle (GC; n=4; 71,00±13,34 anos), o qual não recebeu intervenção e foi orientado a seguir sua rotina habitual. A qualidade de vida foi avaliada através da aplicação do Parkinson Disease Questionnaire (PDQ-39), antes e após o período de intervenção. Foi realizada a comparação das variáveis entre os grupos e entre os momentos através do método de equações de estimativas generalizadas (GEE) com post-hoc de Bonferroni, adotando-se nível de significância de 0,05. Para a análise dos dados foi utilizado o software SPSS versão 22.0.
RESULTADOS: Ambos os grupos apresentaram diminuição significativa na pontuação total do questionário após o período de intervenções (p=0,047). Foram encontradas diferenças significativas entre os grupos, com melhores escores no GE em comparação ao GC, nos domínios suporte social e mobilidade.
CONCLUSÕES: Os resultados demonstraram melhora significativa na percepção da qualidade de vida geral após oito semanas de intervenção.