Dança e Flexibilidade: Interferências na Qualidade de Vida de Adultos
Por Marcela dos Santos Delabary (Autor), Isabel Giovannini Komeroski (Autor), Felipe Barreto Schuch (Autor), Aline Nogueira Haas (Autor).
Em Revista Brasileira de Qualidade de Vida v. 8, n 1, 2016. Da página 1 a 12
Resumo
OBJETIVO: Avaliar como a prática regular de dança, ligada a uma proposta de flexibilidade, pode interferir na qualidade de vida de indivíduos adultos.MÉTODOS: Dez participantes entre 40 e 65 anos, de ambos os sexos, foram submetidos a 30 aulas de dança – com duração de uma hora e frequência de duas vezes por semana – com propostas de flexibilidade e dança inspiradas em cinco gêneros da dança de salão: bolero, salsa, forró, soltinho e samba. A flexibilidade foi avaliada através da medida de amplitude de movimento utilizando um Goniômetro e a qualidade de vida a partir do questionário SF-36. Esses instrumentos de coleta de dados foram aplicados antes e depois do período de prática. Para a análise dos dados foi utilizado o software SPSS versão 18, sendo aplicado o Teste Wilcoxon para dados não paramétricos e o Teste t pareado para dados paramétricos, com o intuito de comparar o pré e o pós-intervenção. O nível de significância adotado para ambos os testes foi de p<0,05.
RESULTADOS: Aconteceram ganhos significativos (p<0,05) de flexibilidade em todas as articulações analisadas: flexão do quadril (direito=9,36%; esquerdo=9,40%), flexão lateral da coluna vertebral (direita=57,00%; esquerda=54,20%), flexão lateral da coluna cervical (direita=38,98%; esquerda=33,98%), rotação lateral da coluna cervical (direita=12,90%; esquerda=16,58%) e flexão da coluna cervical (37,30%); e melhora significativa em sete dos oito domínios da qualidade de vida no instrumento SF-36.CONCLUSÕES: A prática regular de dança, ligada a uma proposta de flexibilidade, promoveu incrementos na flexibilidade e interferiu positivamente na qualidade de vida de indivíduos adultos.