Dança. Movimentos Para Que Corpo? Relato de Experiência

O presente estudo teve como objetivo refletir acerca da Dança-MovimentoTerapia, conceito que relaciona a arte da dança à promoção da saúde, tendo
como cenário uma experiência intercultural envolvendo professores e
acadêmicos brasileiros e portugueses da Universidade Estadual de Montes
Claros - Unimontes/Brasil e da Universidade de Trás-os-Montes e Alto
Douro - Utad/Portugal. Apresentamos, neste projeto de extensão à
c omu n i d a d e p o rt u g u e s a , a d a n ç a e n q u a n t o mov ime n t o c om fi n s
terapêuticos para o corpo portador ou não de deficiência. Relacionando-a,
principalmente, aos aspectos criativos do ser humano, e, apoiando-nos na
concepção de que todas as pessoas têm a capacidade de dançar. O projeto
foi desenvolvido durante a realização das IV Jornadas para Populações
Especiais no ano de 2005, na cidade de Chaves, Portugal, onde se localiza
um pólo de ensino da instituição. Desenvolvemos, primeiramente, com os
acadêmicos participantes, momentos de formação teórico/prática em
Dança-Movimento-Terapia, explicitando as noções básicas de dança,
deficiência e incapacidade. Posteriormente, foram realizadas intervenções
junto às pessoas portadoras de deficiência mental e visual da região, as
quais culminaram com a elaboração e apresentação de coreografias, e com
a realização de oficinas de dança junto à população participante do projeto.
Deste modo, reconhecemos os benefícios oriundos da prática da dança
para a população deficiente, como possibilidade de visualizar nestes corpos
dançantes, singulares e múltiplos, com movimentos desajeitados ou bem
controlados, um corpo que se entrega com abertura ao mundo. Para HenriPierre Jeudy, dança, onde o corpo deixa de se apresentar como objeto em
movimento para tornar-se puro movimento.

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