Resumo

Não há dúvida sobre a inserção do conhecimento da dança na escola. Não obstante, as aulas de educação física tornaram-se um importante aliado a sua prática pelos estudantes. Documentos políticos e teóricos da área convergem seus argumentos em relação ao potencial educativo da mesma. Então, nossa curiosidade inicial era discutir como a dança era tratada nas aulas de educação física em uma cidade do interior de Minas Gerais. Para tanto, entrevistamos 17 professores efetivos da rede municipal de ensino, atuantes no ensino fundamental I. Como resultados, observamos que aquele conhecimento era ínfimo, sendo abordada em momentos estanques, como datas comemorativas. Então, investigamos quais seriam os assuntos de interesse dos professores, para que passassem a tratar a dança com melhor eficiência na escola e detectamos que 47% gostariam de aprender metodologia e didática para a prática; 35% compreender modalidades de dança e 18% técnicas específica. Consideramos interessante a preocupação com formas de ensinar apontadas pelo professor, mas ressaltamos que a mesma estava interligada a concepções tecnicista e restrita da dança. Desta maneira, acreditamos que dinâmicas que ampliem aspectos das modalidades e que instiguem diversidade de movimentos corporais, seguindo os fundamentos propostos por Graber e Woods (2014) sejam essenciais. Além disso, compreender os anseios e as carências dos professores da realidade em questão possibilitou a nossa reflexão sobre caminhos para a formação continuada que atendesse aos anseios dos principais sujeitos - o professor- , mas também do que a teoria enfatiza sobre a dança na escola: promover a experiência dançante para a sensibilização do sujeito como humano, para o protagonismo do aprendente em prol da responsabilidade mútua da aprendizagem e pela da motivação de novos praticantes ou espectadores da dança.

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